Artigo de Opinião de Susana Garrett Pinto
Os negócios sustentáveis estão na moda e muitas empresas usam linguagem inspiradora e selos chamativos para parecerem responsáveis, sem o serem. Quantas ações que parecem conscientes são apenas cosméticas? É, também por isso, fundamental quebrar o silêncio face ao aproveitamento existente em curso, mas de forma muito especial porque os nós sociedade, e nós enquanto clientes, estamos cada vez mais atentos, conscientes e informados e exigimos autenticidade.
“BlueWashing” é um termo utilizado para descrever a prática de empresas ou organizações se associarem a causas sociais, éticas ou ambientais como forma de melhorar a sua imagem pública, sem realmente adotar práticas consistentes com esses valores. Assim como o Greenwashing tenta dar uma aparência de sustentabilidade ambiental (verde), o Bluewashing finge um compromisso com a responsabilidade social e os direitos humanos — por exemplo, declarando adesão a princípios éticos ou aos ODS, mas sem evidências reais de impacto ou mudanças estruturais.
Mas há uma diferença dantesca entre usar um discurso de impacto e viver uma cultura de impacto. Essa diferença chama-se coerência — e é aqui mesmo que o bluewashing se instala. Não considero de todo que o bluewashing surja sempre da má-fé. Confio sim, que muitas vezes surge de uma mentalidade ansiosa por reputação sem disposição para o tempo necessário que leva à transformação. E isso, no fundo, é uma questão de atitude. Porque mudar o mundo pela sustentabilidade, equidade ou justiça social não é uma tarefa de marketing, é para mim um ato de coragem estrutural.
Evitar o bluewashing não é só uma escolha reputacional, mas sim uma escolha de identidade. O que está em causa não é apenas o que a empresa diz sobre o mundo, mas quem ela decide ser no mundo. E isso começa dentro: na mentalidade de quem lidera, na atitude de quem decide e na cultura que se permite construir.
Todas as mudança reais custam. É desconfortável admitir que promovemos diversidade no Instagram, mas temos conselhos de administração homogéneos. Que falamos de bem-estar, mas ignoramos o burnout das nossas equipas. Evitar o bluewashing implica ir ao espelho sem maquilhagem institucional.
Na by THF trabalhamos ao lado de pessoas, em context de trabalho ou não, para que com ética, transparência e integridade possamos criar uma consciência plena das ações e compromissos que devem ser assumidos, e como por tudo em prática de forma permanente e duradoura.
Temos todos os recursos ao nosso dispor para fazer acontecer, façamo-lo bem!
Humanize by THF®.
Artigo de Opinião de Susana Garrett Pinto

Empreendedora Social, Fundadora e CVO by THF
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