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Jenna Evans Welch: “antes de poder escrever, pedia ao meu pai para redigir as minhas histórias”

A paixão pela escrita começou desde muito cedo, antes de poder escrever. Nessa altura, deixava a sua imaginação fluir e pedia ao pai que a colocasse no papel todas as suas histórias. Aos 17 anos, a estudar em Florença, teve a ideia para o livro que viria a mudar a sua carreira e torná-la numa autora de bestsellers. “Amor e Gelato”, o seu primeiro livro, começou a ser escrito quando esta tinha 23 anos e saiu para o mundo seis anos depois, em 2016.  A este somam-se mais três – “Amor e Sorte”, “Amor e Santorini” e “Feitiços para Coisas Perdidas”-, todos igualmente cativantes e dedicados ao público mais jovem. Convidada pela editora Zero a Oito para participar na Feira do Livro de Lisboa, Jenna Evans Welch esteve em Portugal pela primeira vez e a LuxWoman falou com a escritora norte-americana. 

Apaixonada por livros desde cedo, quando é que começou a escrever? 

Desde o momento em que pude fisicamente. Em criança, antes de poder escrever, pedia ao meu pai para redigir as minhas histórias. Mas comecei, de uma forma mais séria, quando tinha 23 anos e escrevi o meu primeiro rascunho de “Amor e Gelato”. Foi aí que comecei a tentar realmente ser escritora. Mas demorou algum tempo, tendo em conta que o livro “Amor e Gelato” apenas saiu para as bancas quando eu tinha 29 anos.

Tendo em conta que sempre se imaginou a escrever, como nos contou. Fez formação na área?

Sim! Estudei Literatura Inglesa. No entanto, gostava de ter estudado escrita criativa. Acho que ia apreciar, mas não penso que seja necessário. É interessante, não conheço muitos escritores que tenham andado na escola para se tornarem escritores. Imensa gente me pergunta se devia ir estudar, mas eu acho que o que realmente funciona é ser-se curioso, ler imenso e escrever imenso. 

Jenna Evans Welch na Feira do Livro em Lisboa. Foto Miguel Cardoso

Jenna Evans Welch na Feira do Livro em Lisboa. Foto Miguel Cardoso

No ano passado, foi uma das autoras de ficção mais vendidas em Portugal. O que significa isso para si?

É espetacular. Quando publiquei o meu primeiro livro, estava tão entusiasmada por ter um livro cá fora que nunca imaginei que estivesse em todo o mundo. Sou uma pessoa que tem grandes ideias e grandes sonhos, mas isso foi sempre algo surreal. Por isso, é muito especial pensar que tenho esta conexão com pessoas, especialmente com adolescentes, em todo o mundo.  

Amor e Gelato”, para além de ser o seu primeiro livro, foi bestseller do The New York Times, publicado em mais de 18 países e deu origem a um filme na Netflix. De onde partiu a sua inspiração?

Eu fiz o ensino secundário em Florença, na Itália. Por isso, como eu estive lá quando era adolescente, foi muito natural para mim escrever sobre amadurecer, ser adolescente e viajar. Eu tinha uma amiga que vivia no cemitério americano de Florença, onde se passa o primeiro livro. Posso dizer que aos 17 anos tive a ideia para esta história.

Composta pelos livros “Amor e Gelato” , “Amor e Sorte” e “Amor e Santorini”, a sua ideia sempre foi escrever uma trilogia?

Não. Eu tive a ideia de escrever o primeiro livro – “Amor e Gelato”– , mas devido ao sucesso do mesmo nos Estados Unidos a minha editora propôs-me escrever mais livros de viagens. Assim que ela o disse, fiquei feliz porque era exatamente isso que eu queria fazer.

Em 2022 chegou à Netflix o filme “Amor & Gelato”, baseado no seu livro. Teve algum envolvimento neste? 

Eu estava entusiasmada com a ideia de um filme, mas eu não tive nenhum envolvimento nele. O filme teve imenso sucesso e isso ajudou-me a chegar a mais leitores. Apesar de ter ficado muito diferente do livro, o que deixou alguns leitores desapontados, o filme foi uma adaptação do meu trabalho. Os atores eram super queridos e entusiasmados. Foi engraçado vê-los a conhecer as personagens.

Gostou do resultado?

Apesar de ter sido difícil ver uma interpretação diferente, sinto que eles estavam realmente a tentar capturar a essência e o coração da história. Foi muito bom ver alguém a usar algo que fiz e transformá-lo em algo novo. Eu amo a forma como a arte pode inspirar outros tipos de arte. 

O livro "Feitiços para coisas perdidas" é o mais recente da autora. Chegou em fevereiro às bancas portuguesas

O livro “Feitiços para coisas perdidas” é o mais recente da autora. Chegou em fevereiro às bancas portuguesas

Os seus livros são essencialmente romances, pretende escrever géneros diferentes? 

Isso é algo em que penso bastante. Fiquei bastante esgotada e, no último ano, comecei a pensar se não estava na altura de parar de escrever para jovens adultos, tendo em conta que já não estava tão interessada como antes. Decidi, por isso, tirar um tempo para descansar e li imensos e diferentes tipos de livros; e, agora, todas as ideias que estou a ter são para  jovens adultos outra vez (risos). Por isso, acho que vou continuar a escrever neste género. Outro género em que me imagino são os livros ilustrados e infantis, porque tenho filhos pequenos e nós lemos imenso estes livros. Tenho imensas ideias.

E géneros mais pesados, como terror ou crime?

Não (risos). Todos os meus livros abordam tópicos mais pesados, como o luto e a perda, e eu exploro temas importantes, porque todos os adolescentes têm problemas, mas, essencialmente, quero que eles se divirtam. Eu escrevo sobre temas pesados, mas tento sempre focar-me em criar um escape ou algo que traga esperança e positividade.

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