A artista visual e ilustradora portuguesa Kruella d’Enfer (1988) apresenta um universo visual encantado, que suscita um profundo sentimento de deslumbre, com as fantásticas e benevolentes criaturas que habitam recantos escuros e misteriosos, sejam eles lobos místicos ou raposas mágicas, tigres enfeitiçadores ou veados xamanistas.
À-vontade a pintar, quer murais em grande escala quer trabalhos intimistas em papel e tela, Kruella d’Enfer usa cores contrastantes e formas geométricas, dando vida a lendas e mitos ancestrais e compondo histórias fantásticas com um apelo universal.
Tem exposto o seu trabalho em mostras individuais e coletivas desde 2010.
Mini Bio
Nome: Ângela Ferreira
Idade: 27 anos
Naturalidade: Tondela
Presença online: Site | Facebook | Instagram
Música
Ouço música diariamente e, quando estou a trabalhar no meu atelier, é raro existirem momentos de silêncio. Sou viciada em música, em encontrar bandas novas, e os meus gostos variam, do hip hop à bossa nova, dependendo sempre do meu estado de espírito. Neste momento, ando a ouvir mais Anderson Paak, Rejjie Snow, Mick Jenkins e Kendrick Lamar. Adoro ir a concertos de bandas de que gosto ou simplesmente sair para dançar. Os meus locais de eleição passam pelo Park, para beber um copo depois de jantar, pelo Musicbox, pelo Lounge, e pelo Lux Frágil, onde normalmente acabo a noite e algumas vezes apanho o nascer do sol.
Comida
Ir almoçar ou jantar fora deixa-me feliz. Normalmente, tento sempre experimentar sítios novos, mas quando há falta de ideias, os clássicos nunca falham. Quando falo em clássicos, falo, por exemplo, da pizzaria Casanova, que é perfeita num dia de sol, enquanto bebo o chá gelado. Para uma opção de brunch, o que me surpreendeu mais até agora foi o Palacete Chafariz d’El Rei. O sítio é lindo e tanto a quantidade como a qualidade da comida servida são o sonho de qualquer apreciador de brunches. Para jantar por exemplo, sugiro o Taqueria Pistola y Corazon. Bons tacos, boa tequila e um bom sítio para conviver com os amigos ao fim de semana.
Arte
Como artista, gosto de estar com outros artistas, conhecer pessoas novas, discutir ideias ou estar só com amigos da área. Neste meio é importante socializar, é quase um trabalho à parte. Por isso, vou a inaugurações e eventos relacionados, porque, além de poder conhecer um novo artista numa exposição nova ou rever algum artista de que goste, encontro sempre amigos e é sempre bom estar no meio de pessoas que fazem o mesmo que eu. E isso pode acontecer numa galeria em Lisboa ou no Porto, num festival de street art em Viseu, num evento com vários artistas em Paris ou numa residência artística na Tailândia. Em Lisboa, a galeria que sugiro é a Underdogs, em Marvila. Acaba por ser um sítio com exposições versáteis, mas que se relaciona mais com a cultura urbana com a qual me identifico. Tanto podem existir exposições de um artista contemporâneo como de um street artist de renome internacional.
Revistas
Gosto de comprar revistas relacionadas com arte, ilustração, lifestyle, cultura e moda. Algumas das minhas preferidas são a Wrap, a Frankie, a The Gentlewoman e a Elephant, e felizmente agora há uma livraria nova que tem tudo isso: Under the Cover. O melhor desta livraria, além de ter as melhores revistas, é ser mesmo em frente aos Jardins da Gulbenkian, ou seja, boa leitura + sol e relva = combinação perfeita!
Viagens
Hoje em dia, as viagens que faço são quase sempre relacionadas com trabalho, seja para pintar murais ou fazer exposições. Como sou freelancer, sem controlo de horários ou dias de descanso, nem sempre posso pensar em tirar férias e viajar de propósito para um sítio ou usufruir duma cidade como gostaria. Mas normalmente consigo conciliar ou tornar uma viagem de trabalho uma viagem de lazer, porque felizmente tenho essa liberdade com o que faço. O positivo disso é mesmo poder fazer o meu trabalho em qualquer parte do mundo! A minha cidade de eleição é Paris, por me identificar com tudo o que me rodeia de cada vez que lá vou e por ser uma boa cidade também para ser artista.
Lisboa
Passo imenso tempo a trabalhar em casa, onde tenho o meu atelier, mas tenho a sorte de viver numa zona (Graça) que tem os meus sítios preferidos para apanhar sol ou trabalhar fora de casa. Adoro ir ao Miradouro da Senhora do Monte ao final do dia, descansar e usufruir de uma das melhores vistas sobre Lisboa. Ultimamente, quando quero trabalhar fora de casa, tenho ido para o Café da Garagem, no Teatro Taborda. Um sítio lindo, com janelas gigantes, muita luz natural, uma vista incrível e, por vezes, apanho o senhor que toca piano, o que torna o ambiente ainda mais perfeito.
