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Laboratório português desenvolve projeto inovador que permite um diagnóstico precoce da doença de Parkinson

Hoje, dia 11 de abril, assinala-se o Dia Mundial da Doença de Parkinson

O CoLAB AccelBio está a desenvolver um projeto inovador, onde se pretende realizar uma análise de proteínas secretadas e uma quantificação direcionada dessas proteínas e metabolitos em amostras de plasma de pacientes com Doença de Parkinson.

A doença de Parkinson é um distúrbio neurodegenerativo que afeta principalmente o sistema motor, causando uma variedade de sintomas que pioram gradualmente ao longo do tempo. É caracterizada pela perda progressiva de células produtoras de dopamina no cérebro, levando a problemas no controlo do movimento. Os sintomas comuns incluem tremores, rigidez, bradicinesia (lentidão de movimento) e instabilidade postural. No entanto, a doença também pode-se manifestar com sintomas não motores, como distúrbios de humor, comprometimento cognitivo e disfunção autonômica.

Embora atualmente não haja cura para a doença de Parkinson, existem vários tratamentos, incluindo medicamentos e terapia física, que podem ajudar a controlar os seus sintomas e melhorar a qualidade de vida daqueles afetados por esta condição desafiadora. Identificar biomarcadores que permitam um diagnóstico precoce, potencialmente até antes dos sintomas se manifestarem, é portanto, um empreendimento crítico, pois pode ajudar a iniciar o tratamento mais cedo e potencialmente retardar a progressão da doença. No entanto, obter amostras de pacientes apropriadas, é um dos maiores desafios da investigação em neurociências, pela dificuldade em alcançar o cérebro, sem causar danos. Isso destaca a importância de desenvolver métodos não invasivos e éticos para colheita de amostras e realizar projetos colaborativos entre instituições médicas e científicas.

Bárbara Gomes, CEO do CoLAB AccelBio, revela que o objetivo geral é a “descoberta de novos biomarcadores e alvos em amostras acessíveis de doentes”. Adicionalmente, segundo revela a CEO, o laboratório colaborativo está a “desenvolver um sistema de cultura de células para estudar o cérebro e os distúrbios cerebrais, direcionado para a investigação translacional, ou seja, investigação com uma aplicação prática mais imediata”.

Bárbara Gomes, CEO do CoLAB AccelBio

Bárbara Gomes, CEO do CoLAB AccelBio

Os sistemas a desenvolver serão também caracterizados através de estudos de proteómica e metabolómica (análise de proteínas e metabolitos), permitindo identificar semelhanças entre os modelos de cultura de células e os modelos animais pré-clínicos usualmente aplicados em estudos de Doença de Parkinson, comparando dados previamente adquiridos.

Os resultados obtidos com as culturas neuronais serão então comparados com os obtidos com as amostras biológicas de pacientes, para estabelecer o melhor modelo e as condições de desenvolvimento. Isso permitirá a realização adicional de novos e melhores estudos, o que possibilitará o desenvolvimento de medicamentos contra a Doença de Parkinson.

A investigação na academia serve como base para os avanços na saúde que impactam diretamente a vida dos pacientes. Bárbara Gomes, reforça que é através de iniciativas como esta, que promove a colaboração entre a academia e a indústria, que este impacto é amplificado.

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