Exercício: escrever
Num caderno preto da Moleskine e com a minha caneta Montblanc. Sempre. Foi prenda do meu pai na véspera de apresentar o livro que escrevi em coautoria com duas amigas (a Ana Almeida e a Carla Rocha) e na antevéspera do meu casamento. Foi a caneta com que assinei os nossos livros e os formalismos da boda. Será sempre a minha caneta, por todas as memórias afetivas que traz com ela.
O pecado da gula
O B’Entrevinhos – Bar & Restaurante de Tapas começou por ser um restaurante minúsculo no centro da vila de Oeiras e está agora localizado na Marina, com espaço para respirar. Tem todos os petiscos que me fazem babar (pimentos padrón, batatas bravas, ovos com farinheira, lulinhas fritas…), e servem os melhores gins de Lisboa e arredores, pelas mãos do Hugo. Foi lá que festejei os meus 40 anos, e é para lá que vou sempre que preciso de um aconchego gastronómico e de um serviço personalizado. Vale ouro nos dias que correm. (Porto de Recreio de Oeiras, Oeiras).
A Loja da Confraria do Vinho de Carcavelos, situada no coração de Oeiras, é ‘o meu sítio do costume’. É lá que como as melhores Cúrias do meu universo (apareçam e descubram o que são!), feitas pelo amigo Paulo Rocha, homem do Douro. Também é lá que reúno com amigos ao almoço, e foi naquele espaço que tomei decisões importantes em 2014. (Rua Cândido dos Reis, 51, Oeiras).
Exposição: ‘7 Mil Milhões de Outros’
Está patente (até 8 de fevereiro) no Museu da Eletricidade, em Lisboa, e é um projeto que emociona. E que nos mostra, de forma soberbamente simples, que nas nossas diferenças e semelhanças somos todos gente de carne e osso. A não perder.
Lazer: dançar
Fui para a Sociedade Filarmónica Alunos de Apolo, para aprender dança de salão, depois de ver o filme ‘Dirty Dancing’, pelo menos, 50 vezes. Naquela instituição centenária descobri uma das minhas grandes paixões – a dança. Apaixonei-me perdidamente pela primeira vez e ganhei amigos para a vida. Foi também nos Alunos de Apolo que aprendi valores como a tolerância e a diversidade, e foi através da Sociedade (com uma das mais bonitas salas de baile de Lisboa), que viajei sozinha pela primeira vez. Foi a Londres e serviu para importar uma marca de sapatos de dança. Terá sido a primeira vez que saí da minha ‘zona de conforto’ (Rua Silva de Carvalho, 225, Campo de Ourique, Lisboa).
Leituras: uma recente descoberta
Chama-se “O Jardim Secreto – Uma caça ao tesouro para pintar e colorir”, foi escrito por Johanna Basford e é o livro infantil mais bonito que conheço. Todas as ilustrações foram criadas a tinta e a caneta, e exploram o mundo mágico da flora e da fauna da Escócia, terra natal da autora. É emocionante ver a minha filha às voltas com o livro, como se se tratasse de um tesouro. Acho que é mesmo isso!
Perfume: o meu
Voyage d’Hermès. Cheirei-o numa amiga e tenho-lhe sido fiel desde então. Não costumo ficar-me por um único perfume, embora inveje quem tenha um cheiro só seu. Uma marca olfativa que se cole aos sítios por onde se passa, à roupa que se veste, à memória de quem se cruza connosco. Não sou assim, mas estou na esperança de uma relação mais duradoura com o Voyage. Veremos.
Imagem de destaque © Pau Storch.
