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O impacto psicológico da cirurgia estética

No Dia Mundial da Saúde Mental torna-se crucial perceber como a cirurgia estética se relaciona com o bem-estar psicológico de quem a procura, independentemente dos motivos pelos quais se rege essa procura.

Será sensato falar em padrões de beleza quando estes são geradores de um estado de angústia e mal-estar, por exemplo? Estes ditos padrões de beleza assumem um posicionamento determinante na nossa sociedade e, por conseguinte, nas relações que estabelecemos com os demais.

Se refletirmos em detalhe sobre a relação existente entre a nossa beleza e a autoestima, de imediato, seremos confrontados com inúmeros problemas que advém da exigência inerente aos padrões de beleza impostos pela sociedade. Se, de facto, não nos sentimos confortáveis com a nossa aparência física, tendencialmente, sentir-nos-emos menos confiantes. Por sua vez, esta diminuição da confiança irá refletir-se na nossa capacidade de tomada de decisão, valorização interpessoal e, por último – mas não   menos importante – nas relações de cariz íntimo e social.

Por tudo isto, podemos considerar que a cirurgia estética tem ocupado um posicionamento estratégico na vida das mulheres e, cada vez mais, na dos homens. Sucede que estes procuram na cirurgia estética uma resposta ou solução imediata que lhes permita melhorar a sua autoestima. Mas em que consiste a autoestima? Proponho que o leitor tente responder a esta questão para que, de seguida, possa compreender a importância que esta tem na vida de cada um de nós.

De facto, a autoestima remete para a forma como nós nos percecionamos exteriormente. Na verdade, consiste na capacidade que temos para identificar quais as nossas potencialidades e, por outro lado, os nossos aspetos a desenvolver.

É através da representação do corpo na mente que se vão produzindo estímulos cognitivos que dão lugar às emoções, neste caso, havendo modificações corporais, vão-se alterando comportamentos.

Para terminar, cremos que a cirurgia estética se tem assumido como um importante mediador entre a autoestima e o indivíduo, tentando encontrar uma aproximação entre o ideal percebido pelo indivíduo e o real. De que outra forma podemos criar impacto no dia a dia das pessoas se não nos focarmos nas principais variáveis geradoras de mal-estar? E é assim, de uma forma quase que natural, que a medicina estética tem cada vez mais impacto na vida das pessoas, tentando encontrar a melhor “versão”, o ideal de cada  um, tornando-se assim uma ferramenta importantíssima para a melhoria da qualidade de  vida não só física, mas psicológica das pessoas.

Artigo de opinião da Dra. Catarina Navalho, psicóloga clínica na My Clinique

Dra Catarina Navalho

 

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