Gosto de pensar em mim como um mix de vários ingredientes, nuances e ritmos, sempre em constante mutação e evolução. Desde as minhas origens, angolanas e portuguesas, com um toque das índias, aos países onde vivi ou que visitei, às viagens que fiz, aos livros que li e às músicas que ouvi. Talvez o termo que melhor me caracterize seja a “busca”, por conhecer mais, viver mais, saber mais.
Sou formada em Design Gráfico e Design de Moda, mas já fui jornalista, produtora de moda, manager de showroom e account numa agência de comunicação. Adoro História, a minha, a da minha família, a de Portugal e a do mundo. É através dela que compreendo o que somos e como chegámos aqui.
Obviamente, adoro ler, mas não tenho um livro favorito, ou um filme ou uma música, porque é difícil escolher entre tanta oferta. Não me fico só num estilo de coisa nenhuma, posso ir do imaginário de fantasia de Gabriel García Márquez aos mistérios de Agatha Christie, passando pelos clássicos portugueses de Eça de Queiroz ou pelos murros no estômago de Kafka ou Kundera.
Na música e nos filmes, sou igual: vejo a beleza de um clássico e sei curtir a efemeridade de um pop pastilha elástica. Tal como estas coisas, também eu sou uma mistura do todo; é na versatilidade que encontro o meu equilíbrio.
Mini-Bio:
Idade: 31
Naturalidade: Luanda, Angola
No meu blogue encontra: Tudo aquilo de que gosto e me chama a atenção no dia a dia. Moda, beleza, lifestyle, design, arte e outros temas que me fascinam e sobre os quais gosto de escrever e partilhar.
Livros
Adoro livros. Gosto de tudo neles, do cheiro, do toque, das capas e das histórias. Gosto das viagens que nos proporcionam, a outras vidas, outros tempo e outras cabeças. Adoro o cheiro das bibliotecas e da ideia de ideias preservadas por séculos, passadas de mão em mão. Quanto mais velhos os livros são, mais interessantes se tornam aos meus olhos.
Costa Vicentina
O mar, a paisagem, a areia, a gastronomia e as pessoas. É a minha zona de eleição em Portugal, para passear e tirar uns dias de descanso no verão. Adoro andar para cima e para baixo, de praia em praia, a reencontrar lugares especiais e os amigos de sempre. Faz parte do Alentejo que tanto amo, tem a calma e o calor de dias longos ao sol, é azul e sopra como uma brisa suave com cheiro a petiscos saborosos de frutos do mar e peixe fresco, acompanhados de um bom vinho e muitas gargalhadas. É esta a imagem, o calor, o aroma e o som que sinto quando fecho os olhos e penso nesta costa longa e bonita e nos dias felizes que por lá tenho vivido.
Espelhos
Não sei bem porquê, talvez seja uma pessoa vaidosa! Penso que não será por isso, gosto simplesmente de espelhos. Perco algum tempo a olhar para eles, mas não mais do que qualquer pessoa normal que não se arranja de olhos fechados e precisa de ver o que está a fazer. O meu gosto por espelhos vai para além da sua mera funcionalidade. Está na estética, nas molduras, no conceito de imaginário de que do outro lado haverá outro mundo, na sua capacidade de refletir luz e iluminar espaços criando a ilusão de que são maiores. Cá em casa tenho uns quantos, uns oferecidos, outros comprados em lojas de decoração, na Feira da Ladra, ou herdados… Um dia faço uma parede toda de espelhos, e entretanto rezo para que nenhum se parta!
Perfumes
Não vivo sem eles, e eles não são muitos porque sou devota a alguns aromas especiais que uso de forma mais recorrente do que outros. Obviamente, vario, e há sempre espaço para novidades na minha bancada, mas há uns que se repetem sempre: o Flowerbomb, de Viktor & Rolf, e mais recentemente o Black Opium, da Yves Saint Laurent. Não vivo sem um ou o outro e servem-me de escudo em ocasiões especiais. Adoro a combinação que fazem com a minha pele, criando assim um aroma que de alguma forma identifico com a minha essência.
Exercício
Começou como uma obrigação, porque estava com uns quilos a mais e o metabolismo cada vez mais lento, mas agora acho que já faz parte da minha rotina e começa a funcionar não só como uma forma de queimar calorias a mais e tonificar o corpo, mas, tal como se diz desde a Antiguidade, “mens sana in corpore sano”. Ajuda-me a clarificar pensamentos e a arrumar ideias.
Música
Não vivo sem ela. Normalmente, acompanha o meu estado de espírito. Gosto de bandas clássicas, como Joy Division, Blondie, Velvet Underground, Sonic Youth ou Morphine, Radiohrad, mas estou sempre atenta a novidades e sons mais modernos, como os XX, Washed Out, Tame Impala, Devendra Banhart. Também gosto bastante de ritmos do mundo e fusão de culturas, porque normalmente fazem-me viajar e talvez voltar às minhas raízes e dançar. Neste último verão vi um concerto da banda portuguesa SLAP Hand to Hand, que me fez suar as estopinhas com os ritmos de fusão de percussão africana e sons mais urbanos.