Começou cedo a minha paixão pela música e pelo seu outro mundo. Da jukebox, na praia, até aos concertos rock de pavilhão foi um minuto. Outro até aos primeiros ensaios com aqueles que ficariam conhecidos como Delfins, no meio de muitas horas passadas a ouvir discos e a fazer trabalhos de arquitetura para a Faculdade.
Depois seguiu-se a estrada, de norte a sul do País, do Brasil à Austrália, da África do Sul à Lapónia, estrada hoje que continua aberta, à espera de novos trabalhos, novos desafios.
No tempo ‘livre’ passei pelo teatro, pela animação, pela música para cinema, escrevi romances e até uma autobiografia (!) Filhos que crescem ao pé, que iniciam outros caminhos que também o são de uma outra nossa vida. Ah, e o amor. Sempre a quente.
Mini Bio:
Charutos
Um prazer que demora, o anti-stress, a pureza. Um pretexto para uma longa conversa. A contemplação. Sendo um não fumador, encontrei estranhamente no charuto um amigo invisível. Já não fumo tantos charutos como fumava nos anos 90, mas talvez por isso seja uma experiência que gosto de preparar para certas ocasiões.
Discos de vinil
Comecei muito cedo a dedicar-me de corpo e alma aos discos que ouvia e não deixa de ser curioso que tantos anos depois o vinil volte a existir no mercado. Além da evidência do aspeto gráfico, dá-nos algo mais do que a audição de música nos headphones, em playlists digitais: o vinil chama-nos à atenção, diz-nos: “Ei! este tempo é para mim, para ti!”
Livros
Companhia de viagens, primeiro a ler, depois a escrever. Os mundos que descobri nos livros foram muito mais do que aqueles que visitei fisicamente e isso já diz tudo acerca da importância da literatura. Ou quase tudo. Porque depois há aquilo que sentimos…
Chapéus
Desde o liceu que comecei a usar chapéus, porque os movimentos musicais que seguia usavam muito este acessório. Hoje é quase uma imagem de marca. Gosto de mandar fazer chapéus à medida da minha cabeça e do meu gosto. Gosto da sua sombra sobre mim.
Fred Perry
Foi num verão, há muito tempo, que me trouxeram de Inglaterra o meu primeiro polo Fred Perry. Era também um ‘uniforme’ da música que ouvia, uniforme esse que se generalizou e se manteve até hoje, lado a lado com a história da moda e da música popular. Às vezes, a roupa não é só roupa.
Guitarras
Companheiras de composição. Começou tarde esta minha paixão. Por necessidade, por opção. As guitarras, quanto mais velhas, melhores, e basta ver o seu valor comercial nos leilões online para percebermos a nobreza e o valor destes instrumentos inventados no século XX. Mas há mais do que isso: a história interior das guitarras, acreditem, sente-se ao e no tocar.
Chelsea boots
Sim, são as botas que os Beatles popularizaram nos anos 60, e, como tudo o que é único, estão de volta aos nossos dias. Com os famosos saltos ‘cuban heels’ dão-nos um andar confiante e cheio de swing, num calçado elegante para estações musicais…