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A camaleónica Inês Castel-Branco

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O que é que anda a ouvir neste momento?

Faço playlists. Descobri o Spotify, a melhor invenção do mundo.

Tem o premium ou tem aquela versão com publicidade?

Tenho o premium. Faço playlists, portanto não oiço sempre a mesma coisa. Mas o meu filho… noutro dia, íamos a ouvir no carro os HMB, que é uma banda portuguesa, e eu olhei e o Simão estava a cantar cheio de alma. Agora ando a ouvir esse disco para ver se vejo esse lado dele. Ele diz “põe lá a nossa música, mãe” e vamos os dois a cantar para a escola.

Porque é que não gosta de cantar à frente das pessoas? É atriz, aparece na televisão, é vista por milhões de pessoas…

Porque não tenho grande voz.

Só por isso?

Sim, sou muito exigente comigo própria.

Gosta de fazer imensas coisas: tirou um curso de tricot, de patchwork, de edição, de realização… Tem a ver com aquela frase que tem no Facebook “ have no special talent, I’m just passionately curious”?

Sim, não consigo estar quieta. O meu dia de folga é exasperante. Faço mil coisas! Das 9h às 10h faço não sei quê, das 10h às 11h tenho treino, das 11h às não sei quê, tenho de ir à drenagem, do meio-dia às não sei quantas, vou à locução. Não consigo estar quieta, não nasci para estar parada. No caso dos hobbies, há um lado também meio artístico que me descansa. Consigo estar a ver um filme e ao mesmo tempo a criar alguma coisa.

Antes, era muito mais fervorosa, queria muito fazer cinema, agora quero muito fazer este musical infantil para o meu filho, porque a linguagem é completamente diferente.

Eu lembro-me de ver a sua entrevista no programa televisivo ‘Alta Definição’, em que dizia que gostaria de ser maquilhadora, taxista, empregada de balcão, babysitter… Portanto, foi isso tudo?

Fui tudo, só não fui taxista. Pode ser que faça uma personagem taxista.

Ainda tem a sua empresa de organização de festas?

Não, já não. Sou sócia numa cafetaria do Village Underground e tenho uma loja de roupa em segunda mão, a Second Chance, com a Sofia Roque. Nós antes éramos tipo pop-up store, mas agora vamos mesmo abrir uma loja em Belém, ao pé do novo Museu dos Coches, na Rua da Junqueira, n.º 496. Vai abrir em setembro. Não vai só vender roupa em segunda mão, vai vender arte, cerâmica, muita coisa e vai ter um Go Natural.

Vai ser roupa em segunda mão, mas vintage?

Não, vai ser só roupa atual. Para a nossa marca, que é a Second Chance, qualquer pessoa pode contribuir com roupa e nós fazemos uma triagem. Já começámos isto há três anos e já temos um grupo de seguidoras que estão lá na primeira hora, porque, depois, são coisas muito baratas. O preço máximo que aplicamos é €80 e são coisas tipo Prada, que são muito boas. Depois, a maior parte são Zara, H&M e por aí… Vendemos a dois ou três euros. É bom para renovarmos os nossos armários. Para nós, mulheres, que temos tendência para comprar roupa e usamos cinco, seis vezes, e depois não nos apetece usar mais.

A Inês trabalha em televisão, mas prefere que o seu filho não veja. Porquê?

É muito novo, muito pequeno. As novelas, por quererem imitar a vida real, têm coisas muito violentas.

E também pelo facto de ele ver a mãe num papel que não é o da própria mãe, não é?

Sim, mas isso ele, como todos os filhos de atores, cada vez percebe mais. Estou doida por o levar para os ensaios do musical, para ele perceber como é que tudo se processa. Ele vai comigo muitas vezes ao estúdio, vê-me a maquilhar e explico-lhe: “Agora a mãe vai vestir-se de Tina. Agora a mãe vai ali fazer uma cena, queres ver?”

Ele acompanha o meu trabalho, mas não percebe muito bem. Nestas férias, por exemplo, passámos muito tempo juntos, o que foi ótimo e eu fui muito assediada – isto acontece muito em Portugal, no estrangeiro não – muitas fotografias na praia, muitos autógrafos… E aquilo incomoda-o, ao ponto de me perguntar “Porque é que eles não te deixam em paz?”

É engraçado, não gosto que ele apareça publicamente, há de ser uma decisão dele aparecer ou não, e não gosto que as pessoas o tratem de maneira diferente por ser meu filho. Então, desde o princípio, quando alguém vem ter connosco na rua e pede para tirar uma fotografia, digo sempre: “Simão, chega-te só um bocadinho mais para ali.” Hoje em dia, quando alguém se aproxima, ele já dá três passos e fica ali à espera. Já sabe que é assim. Acho que vai perceber, e nessa fase provavelmente vai adorar e ficar excitadíssimo. Depois vai ter outra fase em que vai estar farto porque a minha mãe é famosa. É normal.

Espreite os bastidores da produção:

Não perca a entrevista completa com a atriz e o resultado final da produção de moda na LuxWOMAN de outubro, já nas bancas.

Imagem de destaque:

Produção Sandra Dias assistida por Inês Borges

Fotografia Pedro Ferreira

Maquilhagem Antónia Rosa assistida por Marlene Santos

Cabelo Helena Vaz Pereira assistida por Eric Ribeiro, com produtos L’Óreal Professionnel Griffe Hairstyle

Inês veste camisa de seda Gucci, na Fashion Clinic; brincos de prata rodinada com safiras Tous.

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