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Alimentação: Torne-se menos CARNÍVORA

Na edição de janeiro, a atitude do mês recomenda que consuma menos carne! São várias as sugestões, de alimentos a procedimentos, blogues, livros, programas de televisão e muito mais, para ficar a conhecer um pouco mais sobre a alimentação flexitariana – aquela em que o consumo de produtos de origem animal é reduzido.

Falámos também com o Dr. Rui Poinhos, nutricionista e ele próprio vegetariano, para esclarecer um pouco a maior dúvida que surge quando se aposta numa alimentação menos carnívora: quais as melhores fontes de proteína e como as consumir.

Pode indicar-nos os melhores substitutos da carne, em termos de proteína?

Pretendendo-se uma substituição (total ou parcial) dos alimentos de origem animal da dieta, importa antes de mais saber quais os alimentos que serão excluídos e quais os que se mantêm como passíveis de consumo pela pessoa em questão. Por exemplo, caso se pretenda unicamente excluir alguns tipos de carne da dieta ou, globalmente, reduzir o seu consumo, é de considerar que a ingestão de alimentos do grupo da ‘carne, pescado e ovos’ (cf. A Nova Roda dos Alimentos) tende a ser superior ao recomendado, pelo que a sua restrição poderá ser benéfica, não carecendo nesse caso de medidas de substituição.

Este e outros casos dependem, obviamente, de uma avaliação prévia do consumo alimentar individual. No caso de um ovolactovegetariano, o consumo de alimentos de origem animal incluídos na dieta poderá ser suficiente para suprir as necessidades proteicas resultantes da exclusão de outros alimentos de origem animal. Finalmente, no caso do vegetarianismo estrito (os chamados ‘vegan’, que, por definição, excluem da sua alimentação todos os alimentos de origem animal), são de salientar como boas fontes proteicas as leguminosas e produtos derivados destas (o caso de alguns produtos derivados da soja, como o tofu), que poderão ser usados para adequar o aporte proteico.

Também o seitan (produto derivado do trigo) é uma excelente fonte de proteínas. Convém não esquecer que, além da questão do aporte proteico, a exclusão de alimentos de origem animal da dieta acarreta outros possíveis problemas, como, por exemplo, a carência de algumas vitaminas do complexo B, aspetos esses também a ter em conta.

Como é que devemos comê-los?

Nos casos em que se verifique consumo de alimentos de origem animal, a sua inclusão na dieta poderá ocorrer conforme acontece numa alimentação sem estas restrições. No caso de exclusão total de alimentos de origem animal, um problema frequente prende-se com a forma de preparação e confeção de alguns alimentos.

Relativamente ao tofu e o seitan, por exemplo, que são frequentemente utilizados nas ‘principais’ refeições (almoço e jantar), verifica-se que grande parte da população desconhece como é que devem ser confecionados, pelo que os associa a refeições pouco apelativas em termos sensoriais.

Em termos nutricionais, quais são as recomendações gerais para quem quer começar a ingerir muito menos carne e os erros a evitar?

Atrevo-me a identificar como um dos principais erros a crença de que a adesão a uma alimentação vegetariana é, por si só, garantia de uma alimentação mais saudável. De facto, e não obstante o facto (já referido) de que tradicionalmente o consumo de carne, pescado e ovos é superior às recomendações, tal não deve confundir-se com uma suposta superioridade em termos de benefícios para a saúde das dietas vegetarianas.

Não é a supressão de determinado(s) grupos(s) de alimentos que torna a dieta mais saudável, mas sim o equilíbrio e a adequação às necessidades individuais daquilo que é ingerido. A este nível, cumpre-me realçar serem os nutricionistas os profissionais habilitados para proceder a uma avaliação que permita o aconselhamento alimentar nestas situações.

E se, quando leu o artigo, gostou da ideia das ‘meatless mondays’, ou se nem sabe o que são, não perca este vídeo!

Para saber mais sobre a Veddas:

E para conhecer um ‘natural born vegetarian’:

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