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Estudo conclui que portugueses dormem pouco (e mal)

Outra das conclusões é que as mulheres dormem mais que os homens.

Os portugueses dormem pouco e mal durante a noite, o que afeta a sua qualidade de vida. É esta a principal conclusão de um estudo sobre hábitos e qualidade de descanso da população portuguesa, levado a cabo pela Conforama.

Realizado em janeiro deste ano, este estudo dita que 71% dos portugueses não dorme o suficiente (sete ou menos horas por dia), reconhecendo que deveriam dormir, pelo menos, mais uma hora.

Assim, apenas 3 em cada 10 portugueses dormem as oito horas recomendadas. Os dados revelam que 32% admite que o seu défice de sono excede as duas ou três horas diárias, colocando em risco a sua saúde.

No ano passado, a Associação Mundial de Medicina do Sono revelou que os distúrbios do sono consistem numa epidemia global, que ameaça a qualidade de vida de aproximadamente 45% da população mundial. Além de reduzir a concentração, a falta de sono de qualidade diminui a produtividade, sendo uma das principais causas dos acidentes rodoviários. A par disto, pode ainda levar ao desenvolvimento de problemas de saúde, como hipertensão ou diabetes.

De acordo com os dados divulgados pela Conforama, umas das principais causas desta falta de descanso está relacionada com os maus hábitos na hora de ir para a cama. Segundo o estudo, 63% dos portugueses deita-se por volta da meia-noite e 28% depois da 1h. Estas rotinas diárias estão ligadas a vários fatores, nomeadamente ao horário de trabalho que, em muitos casos, termina depois das 18h, atrasando, deste modo, o período de lazer e familiar.

Contudo, não se trata somente de uma questão de horas de sono, tal como sublinha a investigação da empresa europeia de equipamento e decoração de lar, dado que 49% dos portugueses afirmou não conseguir dormir bem durante a noite, contando que tem um sono irregular e acorda cansado. Apenas 21% dos inquiridos afirmou ter um sono profundo.

De entre os fatores que afetam a qualidade do sono de cerca de 53% dos portugueses, destacam-se o stress do dia a dia, o despertar durante a noite e ainda a qualidade do colchão. A par disto, 45% dos inquiridos admitem sofrer de dores relacionadas com a posição de dormir, nas costas (30%) ou região cervical (15%).

O sono é fundamental à vida. Como tal, o sono de curta duração ou de má qualidade tem complicações a nível psíquico e cardíaco, pelo que diminui a esperança de vida”, explica Joaquim Moita, presidente da APSono. “Levantar e deitar sempre à mesma hora, fazer exercício moderado, evitar álcool e dormir numa cama adequada são essenciais para ter um sono tranquilo e eficaz”, sugere.

Todavia, 66% dos portugueses reconhece que dormir bem é crucial para melhorar a sua saúde e somente 1,3% afirma que dormir pouco não os afeta. Assim, 3 em cada 5 portugueses revelam que, para ter boa qualidade de sono, é necessário uma boa alimentação ou a temperatura ideal no quarto, por exemplo.

Os dados deste estudo ditam ainda que a maioria dos portugueses desconhece alguns dos principais benefícios de dormir bem para a saúde e que mais de 70% não sabe que dormir bem pode ajudar a controlar e a perder peso.

O reforço do sistema imunitário, a melhoria do estado de humor ou a diminuição do risco de sofrer ataques cardíacos são algumas das vantagens de dormir adequadamente de que a maioria da população portuguesa não tem conhecimento.

Segundo o estudo, os habitantes da área metropolitana de Lisboa são os que dormem menos horas de sono por dia (74% afirmam dormir sete ou menos horas), em comparação com o norte de Portugal (70%) e o Centro (69%).

As conclusões revelam ainda que os homens dormem, em média, menos horas por noite (72%) do que as mulheres (69%), ainda que seja o sexo feminino a admitir uma maior necessidade de horas diárias de descanso (mais 6% do que os homens).

Por fim, os resultados ditam que 61% dos portugueses dorme acompanhado e que 1 em cada 5 pessoas admite que tal afeta o seu sono.

A sondagem foi realizada através da plataforma SurveyMonkey, de 19 a 31 de janeiro de 2017, a residentes de Portugal Continental e Ilhas, maiores de 18 anos, e teve como amostra 1200 respostas (48,3% homens e 51,7% mulheres).

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