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“Janeiro Sem Álcool”: a APEF desafia os portugueses a evitar consumir bebidas alcoólicas durante o mês de janeiro

A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) está a promover uma ação nacional de consciencialização para a doença hepática alcoólica, uma consequência que advém do elevado consumo de álcool. A iniciativa sob o mote “31 Dias Sem Álcool”  surge no âmbito do desafio “Janeiro Sem Álcool”, e está a decorrer este mês, nas redes sociais da associação, com o objetivo de alertar a população para os danos relacionados com o álcool.

“Com este desafio a população adulta poderá pensar nos seus comportamentos a nível social e nas consequências que os mesmos trazem para a sua saúde; e alertar os seus jovens para os riscos do consumo de bebidas alcoólicas. Consciencializar a população para este flagelo, que nos leva ficar muito mal na fotografia europeia de acordo com o último relatório da OCDE, que mostra que os portugueses consomem cerca de 12L de álcool per capita, bem acima dos 10 litros da média da OCDE”, afirma José Presa, presidente da APEF.

A iniciativa “Janeiro Sem Álcool” ocorre em simultâneo em vários países, desde 2013. Em Portugal é a primeira vez que a campanha é promovida.

Dr. José Presa, presidente da APEF

Dr. José Presa, presidente da APEF

“A iniciativa ‘Janeiro Sem Álcool’ ocorre em simultâneo em vários países, tendo nascido nos Estados Unidos e em Inglaterra. Em Portugal, a campanha vai ser promovida nas redes sociais da Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF), até 31 de janeiro, pois achamos que seria uma oportunidade de aproveitar o mote da campanha para fazê-lo chegar à nossa população e, em especial, aos mais jovens ávidos utilizadores de redes sociais.”

Os obstáculos podem existir e José Presa alerta para a “quebra de vontade e influência de terceiros”. Pois, na nossa sociedade, o álcool é tratado de forma superficial, sendo o consumo social e culturalmente aceite como normal.

Para ajudar no processo e para que não haja recaídas, ao longo do mês, a APEF explicará nas suas redes sociais as consequências que a ingestão excessiva e contínua de álcool traz para a saúde. Para além disso, José Presa, frisa ainda que mesmo pequenas quantidades de álcool são deletérias para a saúde em geral e do fígado em particular. Por isso, beber em excesso ao fim de semana é “igualmente danoso para o fígado”.

APEF

APEF

Se se está a perguntar quais são os benefícios deste desafio, José Presa tem a resposta para si:

“Se os portugueses não ingerirem bebidas alcoólicas durante os 31 dias desta campanha, seguramente terão poupado muitas células do seu fígado, do seu cérebro e do seu coração de morrerem. Terão contribuído muito para terem uma saúde melhor no futuro”.

Segundo dados do relatório do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), de 2019, que considera indivíduos a partir dos 15 anos, o consumo de álcool por parte dos jovens portugueses é elevado, uma vez que, em 2019, 84,5 por cento dos inquiridos, com 18 anos, 70,1 por cento, com 16 anos, e 37 por cento, com 14 anos, afirmou ter ingerido bebidas alcoólicas nos últimos 12 meses. O estudo demonstra também que o consumo de álcool é mais elevado por parte dos homens, com 19,4 litros de puro álcool per capita por ano, do que das mulheres, que consomem 5,6 litros.

“É importante manter o foco e compreender que é possível viver sem álcool, não invalidando que as pessoas não se possam divertir, relaxar ou socializar. Porque não perguntar se não poderemos ficar mais do que 31 dias sem álcool. Garantidamente sem álcool vivemos, não vivemos sem ingerir água”, conclui José Presa.

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