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Lipedema: cuidados redobrados para um Inverno mais confortável

Tal como o nosso humor varia, os sintomas de algumas doenças também mudam consoante as estações do ano. Por isso, a transição entre as estações pode ser desafiante para quem sofre, por exemplo, de lipedema.

Uma doença que afeta 1 milhão de mulheres em Portugal e 20% da população feminina mundial. Números que impõem respeito, mas que estão, provavelmente, sub diagnosticados. O lipedema é uma doença hereditária, facilmente confundida com obesidade, que pode ser controlada com tratamentos, alimentação equilibrada e cirurgia, mas que não tem cura. Por isso, é um processo para a vida. Com a agravante que se manifesta de forma diferente em cada pessoa, o que requer um tratamento personalizado e especializado.

Daí ser tão importante conhecer as características da doença e o seu comportamento de acordo com as condições atmosféricas e ajustar as necessidades do corpo às estações do ano.

No caso do lipedema, as temperaturas mais baixas, como estas que estamos a viver, obrigam a cuidados redobrados. O frio leva à diminuição da circulação sanguínea, e por consequência ao aumento da rigidez nas zonas mais afetadas, o que pode gerar mais sensibilidade e dor. Por outro lado, no verão, devido ao calor, existe uma maior propensão para o inchaço descontrolado.

No Inverno, existe também uma maior predisposição para uma vida mais sedentária, com menos exercício físico, quebra de rotinas e mais excessos. Uma combinação explosiva que pode agravar os sintomas do lipedema.

Por tudo isto, para passar pelo Inverno com os sintomas controlados é fundamental manter o exercício físico, uma alimentação equilibrada e não descurar os tratamentos regulares.

Mas, há outros truques que se podem adotar para um Inverno mais confortável e minimizar os danos que as temperaturas mais baixas causam à pele:

  • Ajustar o desporto à estação do ano. Dizer sim ao exercício físico em espaços interiores para estimular a circulação. Ou a novas modalidades, como a hidromassagem em piscinas aquecidas, alongamentos e/ou exercícios respiratórios via diafragma para uma respiração controlada.
  • Manter-se hidratado. Um dos maiores desafios é evitar que os aquecedores sequem a pele com lipedema. São zonas mais sensíveis e sem os cuidados de hidratação podem surgir fissuras e aumentar o risco de infeção.
  • Em caso de dúvida, escolher o conforto! No inverno é importante manter quentes e protegidas as zonas mais afetadas pelo lipedema. O frio pode fazer com que o corpo redirecione o fluxo sanguíneo para longe dos braços e pernas, piorando a capacidade de drenagem do linfa nessas áreas.
  • Dar uma oportunidade ao vestuário de compressão. Mas atenção! É preciso ter cuidado para não colocar roupa em excesso, para não aumentar a transpiração e irritar a pele.
  • Ser feliz! Não deixar que o lipedema condicione a sua vida ou impeça de fazer as coisas que a deixam feliz.


Artigo de Opinião do Prof. Dr. Olivas Menayo

Diretor do Instituto Português do Lipedema

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