Irmã babada do Pedro e dona orgulhosa da Maria Francisca. Tenho a Nazaré no sangue e a praia no coração.
Sou gestora de projetos digitais e autora do Nossa Mesa, um blog de fotografias, receitas, pessoas e, sobretudo, de histórias. Uma homenagem que surgiu da ligação que tenho com a comida e das histórias que sempre me habituei a ouvir e a viver à mesa. Porque a minha mãe e o meu pai, em vez de nos perguntarem se queremos ir vê-los, ligam a dizer: “Não querem vir cá almoçar?”
Esta maneira de nos sentarem à mesa era a forma de nos terem perto, de nos abraçarem, de nos verem sorrir. E foi a paixão pelas histórias que ligam as pessoas à mesa que me fez rumar a Nova Iorque no início deste ano para trabalhar em food photography.
Tenho a mala sempre pronta, o caderno debaixo do braço e a bateria da máquina carregada. A minha mesa é toda vossa.
Mini Bio
Nome: Maria Midões
Idade: 30 anos
Naturalidade: Nazaré
Presença online: Blog | Instagram
No meu blog encontra: coisas que me apaixonam, ou seja, refeições coloridas, mesas com história, amigos por perto, abraços apertados e demorados, viagens e pessoas com quem falo na rua.
Dois sítios onde dormir cá dentro
Voltei há pouco tempo do frio de Nova Iorque e, antes de regressar novamente, um dos objetivos foi aproveitar o sol até não conseguir mais… Molhar os pés, comer bem e poder conversar com o meu irmão enquanto passeamos a Kika. O Cerca do Sul fica num sítio absolutamente ‘estratégico’ para mim, com a Arrifana, Aljezur e a Carrapateira ali perto. São sítios que me dão vida, me restabelecem a energia e voltam a colocar os sítios em perspetiva. O outro é o Troviscal, perto de Tomar e com vista para a Barragem de Castelo de Bode. Sento-me no parapeito da janela da casa grande e fico a olhar para aquela paisagem sem fim.
Dois sítios onde comer lá fora
O Buvette, em Pigalle, Paris, e o Ramen Yebisu, em Williamsburg, Nova Iorque. Nenhum deles é caro nem pretensioso. São sítios com comida saborosa e simples, e onde facilmente nos sentimos em casa. O primeiro eleva a comida francesa ao conceito americano do brunch. O segundo é um ramen puro e duro, maravilhoso, intenso e com as melhores gyosas de entrada.
Um sítio a voltar sempre
Nazaré. A terra do meu pai, que acolheu a minha mãe e que me viu nascer, a mim e ao meu irmão (e, curiosamente, à minha Francisca também). A terra onde volto sempre para apanhar sol, sentada no paredão, comer um Tá-mar na Nau e abraçar a minha avó. Volto e voltarei sempre para abraçar as minhas amigas do coração, com quem ainda mergulho naquele mar gelado para depois me secar mesmo ali, ao lado das barracas às riscas.
As compras da minha mesa
Foram oito anos a morar nas Caldas da Rainha. Muitos amigos, muitas histórias e, sobretudo, muitas idas ao mercado. De braço dado com a minha mãe, parávamos nas bancas do costume e voltávamos a casa de cesta e coração cheios. Todas as semanas sabíamos do neto do Sr. Pedro, do cão da D. Lurdes, e por aí adiante. Hoje é paragem obrigatória no caminho para a Nazaré, para comprar o requeijão de Seia na Dona Quitéria, o pão da Ramalhosa e as azeitonas temperadas. E para servir estas coisas, viva a loiça Bordallo Pinheiro!
As mesas preferidas da zona de Lisboa
O Eduardo das Conquilhas, meu vizinho querido, com o melhor marisco de toda a zona de Lisboa. O Valério, na Marina de Cascais, para comer as minhas adoradas puntillitas (nem sempre há!). A Adega dos Passarinhos, em Campo de Ourique, para comer um maravilhoso bife na pedra. O Pão de Canela (http://www.canela.pt), no Príncipe Real, para um brunch composto e demorado. O Modesto, em Sesimbra, para uns petiscos no final de um dia de praia no Portinho da Arrábida.
Uma paixão
O meu blog, as histórias que vou conhecendo de cada uma das pessoas que conheço e que tem uma história à mesa. Perceber a influência que a comida tem na vida das pessoas e como as transforma e lhes acrescenta.
Um disco
‘Rats’, dos Balthazar. Ouvia em loop quando morava em Paris, e é uma das bandas sonoras da minha vida.