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Na “estrada” com Celina da Piedade

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Mais uma vez, houve música e comida todo o dia no Babel Sound Camp. O tema de hoje é a Índia, e provámos umas espetadas de frango fabulosas. “Provámos” é um eufemismo: nós, que normalmente até somos pouco de carne, devorámos aqueles pedacinhos sumptuosos, extremamente bem temperados com mel e especiarias.

A noite terminou, mais uma vez, na casa do ‘fim de festa’. Desta vez, tocámos e cantámos. Estava mais gente do que na noite anterior, e vieram também alguns participantes do festival. A voz é um instrumento com um poder inigualável.

Quando demos por nós, já estávamos rodeados por húngaros emocionados, a cantarem-nos as suas músicas e a comungarem esta coisa da partilha, para a qual todo o evento parecia estar preparado. Talvez esta noite tenhamos vivido os momentos mais fortes destes dias. Deito-me de coração cheio, boa noite!

Domingo 20 de Julho

Hoje, finalmente, conseguimos tomar o pequeno-almoço no hotel. É uma ironia, já que o hotel se chama Tiffany… e o breakfast estava difícil! Serviram-nos uns pratos elaboradíssimos com ovos cozidos, pepinos, tomates, fiambre. Nós vacilámos e comemos cereais. “Há dias de perder e de ganhar”, como diz a canção.

Foi o nosso último dia à beira do Balaton. Demos o mergulho da despedida, suspirámos o fim do descanso, almoçámos ainda no “acampamento” – a gastronomia do dia apontava para a comida cigana húngara e dos Balcãs. Que nostalgia, a de ainda estar num sítio e já estar com saudades dele…

Despedimo-nos dos amigos que fizemos, selando a promessa de não nos perdermos de vista e de trabalharmos juntos em breve.

A nossa longa viagem de regresso a Portugal iniciou-se pouco depois do almoço, de carro até Budapeste, entre o muito trânsito de domingo, depois avião, agora casa. Nada de extravagante a assinalar. Regressámos meio dormentes, a sonhar com o teletransporte. Quase nunca me lembro das viagens de regresso: raramente a minha memória as retém.

Nem de propósito, lembrei-me de uma gracinha sobre um regresso. Ia no comboio de Lisboa para Setúbal, de rastos e carregada de malas. Devia estar com um ar tão derrotado que uma senhora perguntou: “Ó menina, de onde é que vem assim tão cansada?” Eu olhei para ela e disse, bufando: “Da China!”

Ela engoliu em seco e não perguntou mais nada, mas era verdade! Regressava da minha primeira viagem a Macau e não tinha conseguido boleia para casa. Claro que ninguém acredita que uma viagem à China termine num comboio suburbano para a margem sul, mas nada poderia ser mais banal! Desafiem-me!

Aqui estamos, de novo em casa. Da mala, retirámos cheiros a lavanda da Hungria, CDs que trouxemos do festival, bordados locais para as mães, t-shirts divertidas para uso da casa. Viemos mais bronzeados e bem alimentados. Esperamos pela próxima viagem. Acho que é já para a semana!

Concertos em setembro:

Dia 1 – Tavira

Dia 6 – Festa do Avante!, Seixal

Dia 7 – Festa das Vindimas, Palmela

Dia 14 – Há Festa na Aldeia, Oliveira de Azeméis

Dia 20 – Teatro Municipal da Guarda

Imagem de destaque: Celina da Piedade, Sever do Vouga © Mário Abreu.

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