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Na linha da frente da educação global

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Novo salto no tempo. Passaram nove anos. Os projetos da AID Global são vários. Em Portugal, a AID Global desenvolve, em 11 escolas de Lisboa e de Loures, um programa de Educação para o Desenvolvimento, promovendo atividades com professores e alunos através do projeto Educar para Cooperar, que ajuda a despertar a consciência social das crianças.

Na área da Cooperação para o Desenvolvimento, combate a iliteracia, executando projetos e iniciativas sempre em parceria com as autoridades locais, na Província de Gaza, em Moçambique, ou seja, ajuda a equipar bibliotecas – quatro bibliotecas municipais, cinco escolares e uma móvel, a ‘Bibliotchova’, com cerca de 30 mil livros e 112 computadores.

E, claro, dá formação a professores e faz atividades de dinamização da leitura com crianças e jovens.

Susana Damasceno tem duas licenciaturas, pós-graduações, está a acabar o doutoramento e ganha €800 por mês pelo seu trabalho como presidente da AID Global, mas há meses em que não ganha isso porque há meses em que não há dinheiro disponível em caixa. “Como não consigo angariar dinheiro suficiente para as despesas correntes não financiadas pelos projetos e como muitas vezes tenho de adiantar dinheiro até os parceiros financiadores entregarem todas as tranches, metam-me a gerir a PT e vejam as ações a subir na bolsa, a pique [risos]. Este é o grande desafio.”

Qual é o retorno? “Eu vivo a contar o dinheiro, como todas as pessoas que aqui trabalham. Tenho um filho de 3 anos e o maior legado que posso deixar-lhe é este sentido de responsabilidade por todos. Sou boa a resolver problemas. Chamei a mim esta responsabilidade e, ainda mais agora que sou mãe, penso que estou a deixar um legado ao meu filho, através do exemplo.”

E também nunca quis ser rica, embora jogue sistematicamente no Euromilhões para realizar um sonho: construir um orfanato. “Tenho um salário emocional enorme por fazer aquilo de que gosto, fazer aquilo em que acredito. Ganho mal, é verdade, e então? Quantas pessoas neste país vivem com salários menores do que o meu e estão infelizes com aquilo que fazem?”

Imagem de destaque: Susana Damasceno, fundadora da AID Global.

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