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Nova comida, nova vida

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Para ficar esclarecida:

O que é uma intolerância alimentar?

É uma reação a um ou mais alimentos que só se sente dois ou três dias depois da ingestão, sendo por isso muito difícil de perceber qual é o alimento que nos fez sentir mal.

Corremos risco de vida quando temos intolerâncias aos alimentos?

Não, mas a exposição contínua a esses alimentos debilita o sistema imunitário e pode contribuir para muitas outras complicações de saúde, desde o excesso de peso à depressão.

O que faz o Yorktest?

O teste utiliza tecnologia para detetar no sangue os anticorpos IgG a alimentos específicos, medindo a quantidade de anticorpos com importância clínica.

Todos os testes de intolerância alimentar são iguais?

Não. Há várias metodologias e vários laboratórios que fazem estes despistes. É preciso ter cuidado com a metodologia escolhida: se o teste verificar apenas se há reação ou não, sem ter em conta o volume da reação, arriscamo-nos a ter 20 ou 30 ingredientes cortados na alimentação, sem necessidade.

Toda a gente tem intolerância alimentar?

Não. A Medical Charity Allergy UK estima que 45% da população sofre de intolerância alimentar.

Quem deve fazer este teste?

Quem tem queixas físicas crónicas, mesmo que aparentemente não se liguem à alimentação, como é o caso de dores de cabeça.

Quanto custa o Yorktest na Longaevitas?

Há vários preços. O FirstStep custa €25 e serve para saber se tem ou não intolerâncias alimentares. Se não tiver, não precisa de pagar mais. Depois para saber especificamente a que alimentos é intolerante, há testes que custam entre €350 e €370, na Clínica Longaevitas. Estes valores incluem o despiste, a deteção dos ingredientes a que somos intolerantes e uma consulta de aconselhamento alimentar.

Outra experiência:

Não comas pão no avião

Como cozinho a maioria das minhas refeições, não foi difícil mudar de regime alimentar. Para facilitar ainda mais, pus toda a gente em minha casa a comer como eu. Quando eu não estou, podem comer pizas à vontade. Quando estou, as massadas de peixe passam a ser feitas com espirais de milho, e ficam bem boas! Claro que tenho saudades do queijo e do vinho, mas passo bem sem eles. O mais difícil é conseguir alimentar-me quando tenho viagens de trabalho ou almoços fora. É quase impossível fazer refeições sem trigo, sem leite de vaca, sem algum dos ingredientes que me fazem mal, fora de casa.

Se tivesse dúvidas do mal que me faz o pão, passaria a ter a certeza no dia em que fui a Londres e voltei. Esganada de fome, no avião, resolvi comer a sandes que ofereciam à hora do jantar, e o resultado foi muito mau: metade da noite a vomitar, por já não estar habituada ao trigo. É incrível como o corpo é tão rápido a desabituar-se dos maus vícios.

Dias depois, fui passar o fim de semana a Olhão. Apesar de o hotel ter pão sem glúten (ou seja, não é de trigo), ao almoço esqueci-me e comi e bebi como antigamente num bar de praia. Fiquei com a barriga tão inchada, mas tão inchada, que o meu jantar, quatro horas depois, foi uma água com gás e limão…

A capacidade de escolher o que comer em menus já programados treina-se. Acabo de chegar de um almoço em que o couvert, que tinha um ótimo aspeto, foi todo para trás. Mousse de queijo fresco, foccacia, creme de cogumelos, ainda por cima juntos, não podem entrar. Não gosto de mandar comida para trás, mas esta é a minha nova realidade e faço tenções de segui-la com rigor.

O truque – aprendi entretanto – é ter sempre refeições leves comigo: frutos secos e sementes, barras de cereais sem trigo e fruta fresca são uma opção muito simples de transportar e comer, quando não houver outra coisa para mim. Avisar que não posso comer determinadas coisas a quem organiza as festas também ajuda: na maioria dos bons restaurantes e hotéis (e companhias aéreas) já existem opções para quem tem restrições alimentares importantes. Afinal, não custa!

Foto: StockExchange.

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