[wlm_register_Passatempos]
Siga-nos
Topo

Os pinguins regressaram ao Oceanário de Lisboa

Totalmente renovado, «Oceano do Sul» é o novo habitat destas aves sul-americanas

Depois de dez meses de obras, os pinguins-de-magalhães estão de volta ao Oceanário de Lisboa. O «Oceano do Sul» – novo nome dado ao espaço onde se encontravam os pinguins – apresenta-se totalmente renovado, mais amplo, natural e imersivo. Por aqui, os visitantes vão poder assistir a mergulhos mais próximos, ondas e cascatas que recriam a energia da costa subantártica.

O novo habitat dos pinguins-de-magalhães. Créditos: Francisco Van Zeller

Considerada a primeira grande reconstrução de um dos habitats originais do Oceanário, inaugurado em 1998 para a Expo’98, a intervenção decorreu entre novembro de 2024 e agosto de 2025. Levada a cabo pelos arquitetos Ginette Castro e Michael Oleksak, antigos membros da equipa de Peter Chermayeff – autor do conceito original do Oceanário -,  os trabalhos de requalificação, que envolveram 136 profissionais de 12 nacionalidades e cerca de 50 entidades, tiveram como foco principal “elevar o padrão de bem-estar animal e a diversificação ambiental e oferecer ao público uma experiência de visita ainda mais enriquecedora”, lemos em comunicado. A cenografia e a decoração artificial ficaram a cargo da JDC Faux Rock Creations, reconhecida internacionalmente pelo trabalho especializado em recriar ambientes naturais com elevado realismo.

O antigo habitat, antes da renovação. Créditos: Pedro Pina

«É uma enorme responsabilidade intervir num habitat que, do ponto de vista biológico, dos indicadores de bem-estar, sempre respondeu positivamente. Essa ousadia trouxe-nos a oportunidade de reforçar o conceito original da exposição, respeitando a sua essência e acrescentando novas soluções.» afirma Miguel Tiago de Oliveira, Diretor de Engenharia, Operações e Qualidade do Oceanário de Lisboa, reforçando que foram meses desafiantes, que exigiram uma coordenação ativa e permanente entre equipas, «movida por uma grande paixão pelo que fazemos»

A mudança de nome do habitat foi outra das alterações realizadas e acompanha uma questão de padronização internacional. Desde 2000, a Organização Hidrográfica Internacional (IHO) reconheceu oficialmente o Oceano do Sul (Southern Ocean) como a quinta bacia oceânica, juntando-se às do Atlântico, Pacífico, Índico e Ártico. Assim, recentemente várias instituições científicas e educativas portuguesas passaram a adotar a tradução direta de Southern Ocean como Oceano do Sul, em vez de Antártico, e esta passa também a ser a designação do novo habitat dos pinguins no Oceanário de Lisboa.

O novo habitar chama-se, agora, «Oceano do Sul». Créditos: Francisco Van Zeller

Hugo Batista, Diretor de Biologia do Oceanário de Lisboa, reforça o orgulho de «dar à colónia de pinguins uma casa renovada, mais próxima do seu habitat natural». «Este projeto foi pensado para garantir uma uniformidade com os territórios de origem destas espécies, e proporcionar condições únicas não só para os pinguins e demais animais que aqui habitam, mas também para os visitantes e para quem aqui trabalha», referindo melhorias ao nível do espaço, infraestruturas e sistemas de suporte de vida.

Regressaram ao habitat 29 pinguins-de-magalhães e 12 andorinhas-do-mar-inca. Créditos: Francisco Van Zeller

Quanto aos protagonistas do espaço. No total, regressaram ao habitat 29 pinguins-de-magalhães e 12 andorinhas-do-mar-inca. O novo espaço recria, de forma fiel e autêntica, as zonas costeiras subantárticas, integrando rochas, cascatas, gelo, estalactites e um espaço para nadar com simulação de ondas de maré. A intervenção inclui também mais ninhos, áreas terrestres e aquáticas alargadas e novos estímulos que favorecem o comportamento natural da espécie. A partir do piso inferior, o visitante poderá ver os mergulhos dos pinguins, lado a lado com tubarões e outros peixes.

Veja mais em Lifestyle

PUB


LuxWOMAN