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Pepe Jeans ilustrada

A Pepe Jeans London conta com a criatividade do artista espanhol Ernesto Artillo para apresentar a sua pré-coleção outono/inverno 2014-15. O resultado? Um lookbook no qual podemos ver as propostas da marca de denim como se fossem quadros ilustrados.

A pré-coleção da marca, já disponível nas lojas, deixa antever um outono boyish, sem nunca perder o charme. A inspiração punk, recorrente nas últimas coleções da marca, está presente em tons de preto, azul indigo, vermelho e vários tons de cinza. Ao lado do denim, surge a sobreposição de rendas, algodão e malhas.

Para esta colaboração, o ilustrador espanhol utiliza a técnica da colagem para chegar a imagens surrealistas, combinando fotografias de moda com outros padrões e cenários.

A LuxWOMAN falou com ele para perceber melhor o trabalho do artista.

© Matías Uris

1 – Como surgiu a colaboração com a marca?

A Pepe Jeans é uma marca com a qual me identifico, uma vez que junta a tradição atemporal com a inovação contemporânea, que julgo que também se enquadra no meu trabalho. Quando me sugeriram a colaboração, pus de imediato mãos à obra.

2 – Que técnica utilizou para este projeto?

Misturo colagem e pintura, ambas executadas digitalmente. Apesar de trabalhar à mão sempre que posso, no caso de algumas colaborações de moda como

esta, convém não perder o pormenor dos cortes e da textura das peças. A manipulação digital permite conservar essa resolução e atingir, ao mesmo tempo, um aspeto manual.

3 – Qual foi a principal inspiração?

A ideia foi recriar postais londrinos com símbolos da cidade como o Big Ben, o London Eye ou a Tower Bridge, através de pinceladas que mostrassem a espontaneidade da marca. Noutras imagens, misturo a pintura com detalhes de denim, estampados… Quis criar algo fresco, alegre e com força.

4 – Porquê a escolha da colagem como técnica de expressão?

Esta técnica permite decompor imagens, que muitas vezes são as minhas próprias fotografias, para voltar a interpretá-las com uma aparência diferente. A ideia, neste processo, é que as imagens se aproximem cada vez mais do meu próprio imaginário. Este exercício de fazer e desfazer leva-me a estar constantemente a questionar-me sobre a imagem.

5 – Como decorre o processo criativo da colagem?

É bastante espontâneo. Não costumo fazer esboços: coloco-me simplesmente perante a imagem e começo a transformá-la.

6 – O que o atrai mais na ilustração de moda?

Vejo-a como uma oportunidade para gerar mais sensações através da moda. Quando o cliente considera que consegui transmitir a essência de uma marca de forma emocionante, é porque o meu trabalho está bem feito.

7 – Fale-nos um pouco do seu percurso profissional…

Tenho a sorte de ter uns pais estupendos que sempre fomentaram a minha inquietação artística e de estar rodeado de pessoas boas e talentosas que me inspiram continuamente. Em criança, tive aulas de pintura e fotografia, e sempre vi o meu pai fazer colagens em casa. Licenciei-me em Publicidade, mas depressa comecei a trabalhar numa revista de moda, na qual estive durante três anos, a desempenhar múltiplas funções. Há cerca de dois anos que trabalho por conta própria, misturando fotografia e artworks para marcas e publicações de todo o mundo.

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