[wlm_register_Passatempos]
Siga-nos
Topo

Maria Grazia Chiuri faz homenagem a Nova Iorque

Para a Diretora Criativa da Dior, Maria Grazia Chiuri, o outono constitui um período particular de reflexão e uma interrogação contínua que é constantemente renovada. Cada vez mais, o guarda-roupa é revitalizado por uma série de peças em que a construção única, os cortes, os materiais e a criatividade têm o que é preciso para responder a todas as necessidades das mulheres. Apresentada no dia 15 de abril, em Nova Iorque, a coleção Dior Fall 2024 é uma oportunidade de homenagear Nova Iorque, a megalópole que recebeu – como presente dos franceses aos Estados Unidos no final do século XIX – uma estátua que desde então se tornou o símbolo desta incrível cidade. Na autobiografia de Christian Dior, “Christian Dior and I”, o capítulo dedicado à sua viagem de Paris a Nova Iorque abre um diálogo entre as capitais de estilo que é realçado por Maria Grazia Chiuri, nesta coleção, em dois estampados-chave: a Estátua da Liberdade e a Torre Eiffel, que florescem em grande formato em numerosos modelos.

A ponte entre as duas culturas é Marlene Dietrich, uma atriz carismática, ligada à Dior, na vida e no ecrã. Maria Grazia Chiuri inspirou-se nesta mulher para criar uma coleção que funde a silhueta Dior com a presença fantasmagórica e o encanto juvenil da diva. Os tweeds utilizados provêm diretamente de uma seleção de tecidos ingleses para a moda masculina. No seu Petit Dictionnaire de la Mode, Monsieur Dior escreveu: “Nos últimos anos, os tweeds alargaram a sua utilização até aos fatos de cerimónia. Considero-os extremamente elegantes. Usá-los no campo é um must. Antigamente, só era possível obter tweeds numa espessura bastante elevada, mas agora é possível obtê-los em todas as espessuras, qualidades e cores. Os fatos masculinos de Marlene Dietrich provocaram escândalo, afirmando, não esqueçamos, o direito da mulher de escolher o seu vestuário como lhe apetecer, uma gravata ou um colete, por exemplo: tantos símbolos que se completam. Os casacos são combinados com calças wide-leg ou saias lápis abaixo do joelho.

Os vestidos delicados e, por vezes, muito leves, que lembram o estilo dos anos 40, deixam vislumbrar a lingerie que acaba por ser uma parte essencial do conjunto. Tecidos como o cetim martelado, o veludo esmagado e o crepe são reinterpretados num espírito contemporâneo. Alguns dos slip dresses revestidos em renda, muitas vezes revelados por baixo de grandes casacos forrados, são feitos em nylon acolchoado com o padrão cannage. Os bordados evocam pregadeiras e ecoam os códigos de assinatura tão importantes ao couturier fundador: a estrela, o lírio-do-vale, o trevo e a abelha. As golas em renda tornam-se verdadeiras peças estruturais. Quanto às malhas, um nível virtuoso de inventividade permitiu desenvolver múltiplas facetas da sua extraordinária pluralidade.

No desfile, que teve lugar no Brooklyn Museum, em Nova Iorque, estiveram presentes celebridades como Naomi Watts, Rosamund Pikes, Anya Taylor Joy, Charlize Theron, Anna Diop, entre outras.

Veja mais em Moda

PUB