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1+1=3 : O que se esconde nas entrelinhas de uma relação?

A rotina, o ciúme, a sexualidade ou os conflitos do quotidiano são temas comuns a quem está num relacionamento. ‘Vida a Dois’ é o novo livro de Catarina Lucas, terapeuta de casal e psicóloga especialista em sexologia, onde se abordam estas e outras questões.

Porquê um livro sobre esta temática?

Ao longo da minha experiência como psicóloga e terapeuta de casal, percebi que muitos dos desafios que as pessoas enfrentam nas suas vidas têm origem nos relacionamentos afetivos, especialmente, nas dinâmicas de casal. Percebi, ainda, que as relações amorosas são um tema central na vida de muitas pessoas e, ao mesmo tempo, um dos que gera mais dúvidas, frustrações, mal-entendidos e sofrimento. O que me motivou a escrever este livro foi a necessidade de oferecer ferramentas práticas e acessíveis para ajudar os casais a enfrentarem os desafios que surgem na convivência diária, mas, também, a refletirem sobre o amor, a intimidade e a sexualidade de uma forma mais consciente. Creio que, numa sociedade em que os relacionamentos são postos à prova constantemente, este livro pode ser um guia para quem deseja construir uma relação mais saudável, equilibrada e duradoura.

A vida a dois pode ser um desafio? Porquê?

Sem dúvida, a vida a dois pode ser um grande desafio. Isso acontece porque cada pessoa traz para a relação as suas próprias expectativas, crenças, experiências e formas de ver o mundo. No dia a dia, essas diferenças podem gerar mal-entendidos, frustrações e, até, conflitos. Além disso, a convivência prolongada expõe, não apenas as nossas qualidades, mas também as nossas vulnerabilidades, inseguranças e limites. Para além das diferenças individuais, os desafios externos, como o trabalho, a gestão da casa, as finanças e, até, a parentalidade, podem colocar pressão adicional na relação. Manter a comunicação saudável, a cumplicidade e a intimidade exige esforço e dedicação contínuos. O amor, por si só, nem sempre é suficiente; é necessário ter ferramentas emocionais e práticas para lidar com as inevitáveis adversidades que surgem.

Hoje assistimos a mais divórcios do que antigamente? Estarão as pessoas ou os casais mais infelizes ou têm, simplesmente, menos vergonha de o fazer?

É verdade que, hoje em dia, observamos mais divórcios ou, pelo menos, existe essa perceção generalizada. Contudo, acredito que isso não significa, necessariamente, que os casais estejam mais infelizes. O que acontece é que, em décadas passadas, o casamento era, muitas vezes, visto como algo quase indissolúvel, fortemente moldado por pressões sociais, culturais e religiosas. Muitos casais permaneciam juntos, mesmo que infelizes, por medo do julgamento ou pela falta de alternativas. Hoje, as pessoas têm uma maior liberdade de escolha e menos receio de enfrentarem o estigma de uma separação. Ao mesmo tempo, há uma maior valorização do bem–estar individual e emocional, o que leva muitos casais a optarem por encerrar um relacionamento, quando percebem que este já não traz felicidade ou crescimento. Também vejo que as expectativas em torno do casamento mudaram: as pessoas esperam mais da vida a dois e, quando esses padrões não são atendidos, sentem-se no direito de procurar algo que as faça mais felizes. Por tanto, não é tanto uma questão de maior infelicidade, mas de uma maior capacidade e coragem para se procurar aquilo que realmente faz sentido para cada um…


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