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3 em cada 4 jovens já pensaram em mudar a sua aparência por causa das redes sociais

Inserido na iniciativa Projeto Pela Autoestima, o mais recente estudo de Dove analisou de que forma as redes sociais e os conteúdos tóxicos expostos nestas plataformas estão a impactar negativamente a saúde mental dos jovens, incluindo não só a visão destes sobre esta problemática, como a dos próprios pais.

Segundo o estudo, que foi desenvolvido em oito países e inquiriu 1200 jovens e pais em Portugal, é possível concluir que Portugal é dos países da União Europeia em que mais jovens admitem estar viciados nas redes sociais: 86% diz estar viciado neste tipo de plataformas. A média europeia aponta para 78%. Este fenómeno inicia-se muito cedo, pois 9 em cada 10 jovens já usa redes sociais aos 13 anos, com a agravante que 8 em cada 10 diz mesmo preferir comunicar com outras pessoas através das redes sociais, em vez de o fazer pessoalmente.

Face às grandes conclusões do estudo, percebe-se que as redes sociais têm impacto negativo na saúde mental de 2 em 5 jovens, em Portugal, muito por culpa dos conteúdos tóxicos a que assistem: 9 em cada 10 jovens já foram expostos a conteúdos de beleza tóxicos nas redes sociais. Mas de que tipo de conteúdos estamos a falar? Sabemos que cerca de metade dos jovens (45%) já foi exposto a conteúdos que incentivam comportamentos de restrição ou distúrbio alimentar. Que 7 em 10 jovens já consumiu conteúdos onde se incentivava a utilizar de forma excessiva filtros nas suas fotografias e vídeos. E ainda que, 1 em 4 jovens já esteve exposto a conteúdos relacionados com automutilação. Estes conteúdos influenciam de tal forma os jovens que 3 em 4 afirma que as redes sociais têm o poder de os fazer querer mudar a sua aparência.

Sobre estas conclusões, Eduardo Sá, psicólogo e especialista em Saúde Familiar e Educação Parental, comenta: “O último estudo da Dove ajuda-nos a perceber como muitas das mensagens a que os adolescentes têm acesso, de forma livre, nas redes sociais, podem ter um impacto francamente prejudicial na sua saúde mental e na forma como perspetivam a sua autoestima, de modo, progressivamente, mais debilitado. Mostra-nos também que não são capazes de destrinçar a realidade que os algoritmos lhes facultam da realidade tal qual ela é, o que faz das redes sociais um elemento preponderante na sua informação e na sua formação.”

E acrescenta: “Reconhecendo que os jovens não se autorregulam nem que têm quem os resgate dessa dependência, isso faz das redes sociais uma espécie de ‘droga leve’ que todos consomem.”

Mas qual é o papel dos pais?

No que respeita à perspetiva dos pais, o estudo conclui que quase metade (48%) sente-se culpado por não estar a proteger suficientemente bem os seus filhos, daquilo que veem e ouvem nas redes sociais diariamente; e a maioria (52%) acredita que as redes sociais têm mais poder para moldar a autoestima e a confiança dos seus filhos do que eles próprios no desempenho das suas funções de pais.

Além disso, face ao panorama atual, 9 em 10 pais concorda que as marcas e os influenciadores devem assumir o compromisso de publicar conteúdos de forma mais responsável nas redes sociais. Maria Matos, responsável Dove em Portugal, explica como Dove está a atuar neste sentido: “Marcas como a Dove devem continuar a dar o exemplo. Se há 15 anos atrás fomos pioneiros na chamada de atenção para o uso excessivo de ferramentas de edição de imagem na moda e publicidade, numa época em que as redes sociais ainda não existiam, hoje o debate que lançamos é mais alargado. Não podemos ignorar o número de jovens que é exposto a conteúdos nocivos nestas plataformas, por isso lançámos uma campanha que alimenta a discussão em torno da temática do impacto das redes sociais na saúde mental dos jovens”.

Este ano a Dove juntou-se à Mental Health Europe, rede europeia independente que trabalha na prevenção de problemas de saúde mental, para lançar uma petição internacional cujo objetivo é recolher o máximo número de assinaturas para legislar as redes sociais, levando assim o tema da segurança online dos jovens a discussão ao Parlamento Europeu.

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