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A Mulher que Fica (Depois da Mãe…)

Foi mãe? Ao tumulto de emoções e de amor juntam-se as inseguranças, próprias da fase, mas pouco abordadas ou sinalizadas. Em sua casa, todos se juntam para ver o bebé, o que é mais do que legítimo… Mas quantas dessas pessoas lhe perguntam: “Como está a mãe?” Mariana Pinho de Magalhães é psicóloga clínica no Centro do Bebé Porto. Com ela, falámos da importância de se abordar esse lado da maternidade, o da mãe, neste que é o mês em que se celebra o seu dia.

Muitas vezes, temos tendência para felicitarmos a mãe, logo após o nascimento do bebé, o que se revela óbvio, mas esquecemo-nos de algo fundamental no meio do processo todo… e a mãe? Como está a mãe? Esta reflexão leva a uma pergunta que lhe dirijo neste sentido: quais são as principais implicações psicológicas que traz o nascimento de um bebé? É um momento de profunda transformação numa mulher… física e psicologicamente? Pode ser um momento traumático?

O conceito de trauma remonta-nos para a forma como o momento é experienciado e há uma sensação de insegurança, independentemente do evento em si, e daí as inúmeras individualidades na vivência deste momento. Contudo, a gravidez e o nascimento de um bebé são uma revolução emocional. Envolvem amor, felicidade e plenitude (muitas vezes), e tantas outras vezes são momentos cercados de incertezas, medo e muitas transformações. Há fatores que sabemos contribuírem para um momento traumático, como o não planeamento ou desejo dessa mesma gravidez, a forma como decorreu a pre-conceção (se houve perdas gestacionais, se foi necessário intervenção médica, se houve descoberta de diagnósticos de saúde…), violência obstétrica durante o parto, a forma como foram tratadas, a ausência de suporte familiar, social e conjugal, as expectativas e idealizações, a dificuldade no vínculo com o bebé… E tudo isto terá um impacto diferente para cada uma das mulheres, porque, apesar de podermos ver situações comuns, são sempre estados diferentes e únicos.

Fala-se pouco desta possibilidade e deste lado B da maternidade? Porquê?

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