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Afinal, como é que os homens lidam com a menstruação?

Num momento em que o debate sobre novas medidas de saúde menstrual volta a ganhar espaço, a INTIMINA, marca sueca dedicada aos cuidados da saúde íntima feminina, apresenta os principais resultados do seu mais recente estudo, no qual 547 homens revelaram o seu conhecimento relativamente à menstruação, a forma como lidam com a mesma e a importância que lhe conferem.

“Este tipo de estudo e debates são fundamentais para o crescente conhecimento por parte da população, ainda mais numa altura em que novas medidas de saúde feminina estão a ser discutidas, ou até mesmo validadas, como é o caso do país vizinho, onde a baixa por dores menstruais severas foi aprovada”, menciona a psicóloga clínica e investigadora do ISPA-Instituto Universitário, Dra. Ana Alexandra Carvalheira. 

Neste inquérito, foram incluídos apenas indivíduos do género masculino, com idades compreendidas entre os 18 e 65 anos (maioritariamente respondido por homens entre os 26 e 45 anos). Estes foram questionados sobre tudo o que envolve a menstruação: os seus efeitos, produtos higiénicos associados e como se relacionam com o universo feminino a respeito deste tema.

Os resultados revelam que 58% dos homens considera saber apenas o básico sobre a menstruação e 13% admite mesmo saber muito pouco. Aliás, 18% acredita que a menstruação consiste na saída dos ovários do útero, quando na realidade é o revestimento uterino que derrama em forma de sangue.

Em relação à distinção entre a duração do ciclo menstrual e da menstruação, parece existir alguma confusão entre os dois conceitos. Apesar de quase metade (49%) saber que a menstruação varia normalmente entre os 2 a 7 dias, só 34% respondeu que o ciclo menstrual dura entre 23 a 35 dias, sendo a média 28 dias.

Já quanto ao dia em que este processo ocorre, a população masculina encontra-se dividida, sendo que apenas 1/3 reconhece que esta acontece por volta do 28º dia após o primeiro dia da menstruação anterior.

Dores menstruais e relações sexuais

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Os homens portugueses revelaram estar cientes das dores menstruais que muitas mulheres sofrem, uma vez que 84% respondeu saber que algumas mulheres sofrem com cólicas. Este processo pode, também, desencadear alterações a nível comportamental e 73% dos homens reconhece notar uma diferença de humor da companheira quando está menstruada, mas a grande maioria refere que não faz comentários em relação a estas mesmas alterações.

A pesquisa permitiu concluir que a menstruação pode ter uma grande influência nas relações íntimas de um casal. Mais de metade (54%) dos homens refere que é uma opção conjunta do casal não ter relações sexuais durante a menstruação, 10% indica que até gostaria de ter relações sexuais durante a menstruação, mas que não o fazem porque a companheira não se sente confortável e 4% aponta o inverso, que é ele que não se sente confortável, apesar de a mulher até gostar. 

Mas sabia que já existe no mercado um disco menstrual que pode ser utilizado durante as relações sexuais? O  Ziggy Cup – a primeira versão criada pela INTIMINA- é extraplano e à prova de fugas, tendo sido desenhado para proporcionar o máximo de conforto, garantindo até 8h de proteção. Devido ao seu enorme sucesso, a INTIMINA lançou o Ziggy Cup 2, que, para além das vantagens da versão anterior, possui uma superfície rugosa especialmente desenhada para facilitar a remoção e evitar vazamentos.

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A psicóloga clínica e investigadora do ISPA-Instituto Universitário, Dra. Ana Alexandra Carvalheira, menciona que “o uso destes copos vaginais como o Ziggy Cup 2 também permitem desmistificar crenças disfuncionais relativas à menstruação que ainda persistem, tanto no universo masculino como no feminino, porque trazem informação e comunicação sobre o ciclo menstrual e até mesmo sobre a genitália feminina. O sangue menstrual não é ‘sujo’, muito pelo contrário, está ligado à capacidade do útero de gerar vida, a vida de um ser humano.” 

Um dos mitos ainda presente na atualidade é pensar que não se engravida enquanto se tem relações sexuais durante a menstruação. 54% dos inquiridos respondeu que a mulher não pode engravidar durante o período, no entanto embora improvável não é totalmente impossível que aconteça.

Produtos de higiene íntima e educação

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O estudo demonstra ainda que, apesar do baixo conhecimento sobre o tema, 77% dos homens revela falar abertamente com as mulheres sobre menstruação e 56% sente-se inclusivamente confortável em falar sobre menstruação com as respetivas filhas. No entanto, 44% confessa sentir-se-ia desconfortável em fazê-lo e preferia que fosse uma pessoa próxima a ter esse tipo de conversa com as mesmas.

Relativamente aos produtos de higiene e saúde feminina, estes já não são completamente desconhecidos da população masculina. Mais de metade já sabe o que é e como funciona o copo menstrual, com 68% a indicar inclusivamente ser um produto reutilizável e mais amigo do ambiente.

Apesar da crescente consciencialização e abertura em relação aos produtos de higiene íntima feminina, apenas 10% dos homens diz comprar com frequência este tipo de produtos, sendo que a grande maioria (62%) indica nunca ter tido a necessidade de fazê-lo, 3% que tem inclusivamente vergonha em comprar. Quem o faz, é na grande maioria das vezes para a sua companheira (85%), 9% para a(s) filha(s), 2% para a mãe e 4% para outras pessoas.

O estudo permitiu ainda demonstrar que a população masculina portuguesa considera o debate e discussão sobre a menstruação um tema essencial para um maior esclarecimento sobre esta função. Na realidade, 94% dos homens considera muito importante educar as crianças sobre a menstruação e o ciclo menstrual e falar-se abertamente do tema.

Pilar Ruiz, Marketing & Communications Manager da INTIMINA, afirma que “estes resultados demonstram o quanto temos de trabalhar para que o conhecimento sobre a saúde íntima feminina vá para além das principais envolvidas. Para que seja um conhecimento que envolva todas as pessoas, desde a escola até à casa de cada um.” 

Estes dados são reveladores sobre o nível de conhecimento e relação dos homens portugueses relativamente à menstruação, existindo ainda um longo caminho a percorrer na informação e consciencialização dos mesmos.

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