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Ai Weiwei e mais dois artistas de renome em exposição

O Centro de Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida, em Évora, recebe obras do  mundialmente famoso artista Ai Weiwei e de mais dois artistas na exposição “A paisagem é para sempre”, a partir do dia 6 de setembro.  

Ai Weiwei tem colocado o seu ativismo político em defesa da liberdade e dos direitos civis no centro da sua obra multiforme. Mas as suas relações com a história e a cultura chinesas permanecem fundamentais para o artista que reside atualmente em Portugal. É o que a peça agora apresentada confirma. Trata-se de um disco de mármore do Afeganistão, a que o artista chamou Bi, evocando as raízes culturais milenares do seu país. Com efeito, Bi, na cultura clássica chinesa, é um disco de jade utilizado em cerimónias rituais para refletir o céu. Nesta espécie de gesto de arqueologia cultural, o artista desloca o reflexo do céu para a profundidade da terra, onde os veios da pedra se formaram, assim trazendo à superfície a espessura do tempo da tradição e da geologia milenar.

Ai Weiwei, Bi, 2021

Ai Weiwei, Bi (2021)

Niek te Wierik é um artista holandês há muito a viver em Portugal. Com trabalho abundante nas áreas do desenho e da pintura, o artista é um observador insaciável do meio natural que o envolve, e que depois fixa em minucioso processo de laboratório (da fotografia ao esboço, depois desenho e pintura). Nas pinturas que integram a exposição, a pedra é cor em forma de dólmen, e é sombra em forma de luz, cruzamento do horizonte milenar da pedra com a efemeridade das sombras dos olivais do Alentejo.

Niek te Wierik Dolmens e Menires. 2020-2021

Niek te Wierik, Dolmens e Menires (2020-2021)

Sara Leme é uma jovem artista cujo trabalho traduz influências de um percurso onde se cruzam a joalharia, a dança e a antropologia. Na exposição, apresenta um trabalho com memória da história global recente: sobre uma tela, feita com máscaras cirúrgicas justapostas, a artista confronta o espectador com imagens projetadas de montado alentejano, em planos quase sem movimento, com a ligeireza do vento animando a folhagem, como quem ensaia suspender o curso do tempo.

Sara Leme, Room (2021)

Sara Leme, Room (2021)

Integrada na programação do 8.º Congresso da Associação Portuguesa de Antropologia, a exposição A paisagem é para sempre”, com curadoria de José Alberto Ferreira, interpela o tempo presente através das paisagens que somos, e convida a uma viagem com a duração da poesia, entre a árvore e a sombra, entre a pedra e o horizonte.

A exposição inaugura no dia 6 de setembro, às 18h30, estará patente até ao dia 23 de outubro de 2022, e poderá ser visitada de 3ª feira a domingo, das 10h às 13h e das 14h às 19h (18h, em outubro), com entrada livre. Todas as informações sobre a exposição poderão ser encontradas no site.

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