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Ao som de Malú Garcia

Começou a tocar violino aos oito anos na escola. No décimo primeiro ano, enquanto dividia o seu tempo entre o curso de ciências e a música, teve de optar por uma das duas. Escusado será dizer que foi a música que ganhou a disputa pelo seu coração.Eu estava em ciências e em música. Não estava a conseguir conciliar, porque era preciso muito tempo para cada uma delas, e tive que optar por música”, conta Malú Garcia. 

Uma decisão inocente, que a fez questionar várias vezes se teria feito a escolha certa, se lhe daria estabilidade financeira no futuro e se conseguiria vingar na área. Mais tarde, na faculdade, Malú começou a ficar mais consciente das dificuldades e de tudo o que era necessário ter para conseguir ser bem sucedida e viver só da música: “É preciso, para além de muito esforço e muita dedicação até morrermos, ter alguma sorte e ter alguns contactos. Não é suficiente ser só muito bom”. 

Malú Garcia

Malú Garcia

A vontade de fazer “uma coisa que não houvesse no mercado” aliada às tradições portuguesas, levaram-na a criar um grupo com um tipo de formação inexistente não só em Portugal, como no Mundo. Pela primeira vez, junta-se o som do violino à sonoridade de uma guitarra portuguesa, tão característica do nosso país. Juntando a este facto, toda a elaboração do álbum torna o violino na voz do grupo, que interpreta desde o estilo Barroco, ao Tango, ao Jazz, à Morna, ao Fado, elevando o violino a instrumento da World Music. “Queria fazer essa junção da guitarra portuguesa com o violino, mas mantendo uma formação não fadista e, por isso, é que se tornou num projeto world music, que junta vários estilos, explica.

Demorou dois anos para que o seu primeiro álbum de originais, “Caminhos”, saísse cá para fora. Um período que Malú considera ter sido o “tempo necessário para se conseguir enquadrar” nestes géneros que são completamente diferentes daqueles a que estava habituada.

Surpreendida pela aceitação dos portugueses, que não estão tão habituados a ouvir músicas apenas instrumentais e sem a presença de uma voz, a violinista sente que está a conseguir cumprir o objetivo do seu álbum: mostrar que o violino consegue fazer outras coisas, sem ser música clássica”.  

Embora não tenha por hábito ouvir as suas músicas, “Dois Mundos” e “Paradigmas” são os seus temas favoritos do álbum. O primeiro por ter sido o mais difícil de concretizar a nível técnico e o segundo por ter sido o primeiro tema de todos a ser lançado.  

Para o futuro fica o desejo de gravar um álbum só de duetos com, por exemplo, “dois instrumentos melódicos, como um violino e um violoncelo, e um convidado cantor ou cantora”. Mas por agora, Malú Garcia quer aproveitar e “rodar pelo país todo” este álbum.

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