Nasceu em 1987, em Itamaraju – Bahia, no Brasil. Chegou a Portugal em 2004. Viajou com a irmã, Jaqueline, a avó, Maria, a tia, Mônica e a sua família. Na bagagem, trazia muitos sonhos, muitas ilusões e a vontade de reencontrar a mãe, que não via há quatro anos. O objetivo era estudar, mas a necessidade forçou um desvio de caminho e Bruno viu-se obrigado a ir trabalhar.
A minha vida nunca foi um ‘mar de rosas’, mas tive sempre dois braços e duas pernas para trabalhar e a esses braços e pernas tenho muito a agradecer. Trabalhei como servente de pedreiro, fui vindimar, estudei, lavei carros, distribui milhões de panfletos com uma mochila às costas, servi às mesas, trabalhei em bares, trabalhei como babysitter, varri ruas, limpei cemitérios e campas, limpei discotecas, fui jardineiro, trabalhei numa bomba de combustível, num supermercado, fui padeiro, limpei escadas, cuidei de idosos, fiz figuração, fui modelo, trabalhei em televisão, trabalhei como assistente de fotógrafo… Estudei mais, trabalhei como maquilhador, fiz animações de festas infantis, fui palhaço, ator de teatro, performer, dormi na rua, fui construtor e manipulador de marionetas, vendi bolos, brigadeiros, caipirinhas… E hoje trabalho como fotógrafo.
‘Na Terra de Jacó‘ é a exposição fotográfica na qual está a trabalhar há dois anos e que chega agora ao público. Um trabalho em que o artista se torna personagem, que mostra o vazio deixado pela partida, revelando uma identidade e preenchendo a vida com o retorno. Um trabalho intimista, para ver de 4 a 26 de abril, entre as 14h e as 18h, na Galeria da Junta de Santa Maria Maior, na Rua da Madalena, 147, em Lisboa. A inauguração está prevista para dia 4 de abril, às 18h. Exposição com curadoria de Sónia Figueiredo e texto de Nuno Verdial Soares.
