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Celmira Macedo

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Celmira Macedo tem um sorriso contagiante. É impossível não sorrir também de cada vez que falamos com ela. Celmira é daquelas pessoas que acolhe, mesmo sem ter os braços abertos, e tem os olhos muito grandes, porque a curiosidade é uma constante nela. Aliás, foi a curiosidade que a levou a fundar a Leque, uma associação sem fins lucrativos, em Alfândega da Fé, Trás-os-Montes, que trabalha com pessoas com deficiência e as suas famílias. Mas já lá vamos. Primeiro a curiosidade.

Celmira não consegue parar de estudar. É bacharel em Educação de Infância (1992), licenciada em Educação para a Primeira Infância (2002), tem uma Pós-Graduação/Especialização em Educação Especial (2005) e um doutoramento em Educação para o Ensino Especial (2013) pela Universidade de Salamanca, em Espanha. Nunca quis parar de saber mais sobre uma área que a emociona e impressiona: a deficiência. Ouvi-a dizer uma vez “Não é preciso ter, para sentir”. É uma frase que repete para explicar o empenho e o envolvimento que tem nesta área. A Leque nasceu da curiosidade, da vontade de fazer, de mudar o mundo. Especificamente?

Em 2004, Celmira começava o seu doutoramento “porque achava que devia saber mais sobre a minha profissão” na Universidade de Salamanca e definia como terreno de trabalho a região onde vive. Descobre que “as famílias de pessoas com deficiência, limitações ou incapacidades do distrito de Bragança apresentavam uma qualidade de vida deficitária. A falta de apoio das redes de suporte social era um problema limitante à sua qualidade de vida.” Eram mais de mil. Foi nesta altura que o doutoramento teve de esperar porque Celmira resolveu intervir.

“Eu fui fazer a única coisa que podia fazer, que era capacitar as famílias para lidarem com as diversas deficiências. Fiz uma formação parental em 2009. Sempre na perspetiva de capacitação dos pais, para as famílias se poderem envolver e participar. Em 2009 fizemos, a Escola de Pais NEE (Necessidades Educativas Especiais) primeiro com uma capacitação para a diferença, depois apliquei um programa para ultrapassar as frustrações e finalmente as competências parentais. A meio da formação os pais quiseram formar a associação, para podermos apoiar-nos e apoiarmos outras famílias”, explica Celmira numa entrevista dada à RTP.

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