[wlm_register_Passatempos]
Siga-nos
Topo

Celmira Macedo

2 de 2

O que faz hoje a Leque? Em Março de 2010 abriu em Alfândega da Fé um Centro de Atendimento para 30 pessoas com Necessidades Especiais, onde não se internam pessoas nem se institucionalizam – a ideia é que os indivíduos com deficiência participem na vida das suas famílias e da sua comunidade. Depois, 2011 a Leque inaugurou um Centro de Férias de Turismo Rural Inclusivo, uma colónia de férias destinada a aliviar as famílias de todo o país que cuidam de pessoas com deficiência. “Os pais e os cuidadores muitas vezes estão sobrecarregados. Agora podem deixar os filhos connosco e terem também umas férias.” E claro, a formação parental, que inclui as famílias nas terapêuticas, é essencial no trabalho da Leque, ao ponto de o mais recente projeto da Leque ser o Leque for All, um programa a concurso para financiamento na Missão Sorriso, que pretende levar a metodologia de trabalho desta associação a vários pontos do país. Em breve surgirá o novo pólo da Leque, no concelho de Mogadouro.

O financiamento outra das características inovadoras da Leque. Em vez de esperar pelos apoios do Estado para conseguir o dinheiro necessário para as suas atividades, Celmira Macedo e a sua equipa procuram financiamento (e já conseguiram) junto de entidades como o Montepio ou a Fundação EDP para projetos específicos e, claro, aceitam donativos de particulares e empresas. Mas o financiamento não se fica por aqui. Aos serviços externos que os técnicos da Leque prestam à comunidade local, como a fisioterapia, junta-se o recentemente o EUKI, a primeira linha de material lúdico/didáctica inclusiva em Portugal, que serve tanto para crianças com NEE como sem NEE. Serve para todos!

Celmira Macedo, a presidente da Leque, é ali voluntária. O seu salário vem da sua atividade como professora do ensino especial, na Escola Pública, e docente no Mestrado de educação especial do Instituto Superior de Ciências Educativas de Felgueiras. A associação nunca foi vista pela sua fundadora como uma forma de conseguir dinheiro ou notoriedade, mas sim como um meio para mudar a vida das pessoas em que toca. São vários os testemunhos de pais NEE que encontraram na Leque o porto de abrigo e a força para continuarem o seu caminho de cuidadores. O mais emocionante, talvez, é o de Manuela Gomes, hoje vice-presidente da Leque: “Conheci a Celmira antes da formação da associação, juntas formámos a associação, e desde lá para cá tem-me ajudado muito. O meu filho Hélder tem esclerose tuberosa [uma doença incapacitante] e quando fez 19 anos deixou de poder frequentar o ensino normal e eu tentei colocá-lo numa instituição em Bragança e ninguém o aceitou. Eu não queria deixá-lo fechado em casa. Mudei-me para Alfândega da Fé com os meus dois filhos para o Hélder frequentar a associação Leque. E o Hélder evoluiu muito em termos de postura e tenho a certeza que foi um dos melhores anos da vida dele. Tornou-se uma pessoa muito feliz, começou a sorrir muito.” Para a Leque a formação e capacitação das famílias é o ponto de partida para traçar o caminho da inclusão. É com esta visão que a Leque apresentou em abril a Ekui, uma linha de material de alfabetização inclusivo, sustentável e de baixo custo. Saiba tudo sobre os Kkui Cards aqui.

Imagem de destaque: Celmira Macedo, com uma das crianças apoiadas pela assoicação Leque.

2 de 2

Veja mais em Pessoas

PUB