Ana Pinto, Mentora e criadora da plataforma ‘Naturalmente Mulher’, explica-lhe como as expectativas podem estar a impedi-la de viver um grande amor
As expectativas impedem-nos.
São uma lista que construímos e que nos diz exatamente como as coisas deveriam ser. Fazem-nos sentir seguros, mas também nos impedem de estar totalmente presentes e de viver quem somos. O desafio de deixar as expectativas é igualmente uma oportunidade para o empoderamento, motivado não pela vergonha ou punição, mas sim pela esperança. Esperança de uma abertura plena à vida.
Na verdade, as expectativas não nos garantem nada. Ter um guião não garante nada.
Todas as coisas que aumentam as nossas expectativas impedem-nos de honrar o que de bom temos diante de nós.
As expectativas manifestam-se como uma lista de verificação na nossa cabeça, competindo constantemente pela nossa atenção. Afastamo-nos do momento, da pessoa e da relação para verificar na lista se tudo está a ser cumprido meticulosamente para depois voltarmos à realidade e exigir que o outro faça à nossa maneira.
As expectativas não nos impedem de vivenciar a dor. Apenas culpam outra pessoa e mantêm-nos num loop infinito de possibilidades falsas.
Vendem-nos tantas histórias sobre o que deve ser um relacionamento perfeito, sobre almas gémeas, casamentos para a vida, sobre o que deve ser o amor, sobre o que é ser homem, o que é ser mulher. Ensinam-nos o que deve ser o amor. Mas o amor não deve ser. O amor simplesmente é. Somos nós que o rotulamos de certo e errado. São estas histórias e estes rótulos que causam o sofrimento.
O que preservamos como bom e ao qual nos agarramos com toda a força para nunca ser destruído, pode na verdade, ser o que precisa de acontecer para nos libertarmos para uma forma inteiramente nova de viver. Para uma nova dimensão. Para uma nova exposição.
Mas, como fomos condicionados de uma forma rígida, fomos condicionados a acreditar que apenas certas coisas são boas. As coisas que permanecem e duram para sempre, coisas que nos fazem sentir bem, que nos fazem parecer bem e nos dão dinheiro. Qualquer coisa fora desse parâmetro é mau. Portanto, sem nos apercebermos, vivemos no precipício do medo e de qualquer coisa menos boa que possa acontecer fora desse parâmetro.
Podemos continuar a procurar a felicidade fora de nós em todas as coisas e todas as pessoas, mas a verdade da nossa existência é que não há nada do lado de fora que nos possa preencher verdadeiramente.
Ana Pinto

Permite-te curar, processar e evoluir
Mentora e criadora da plataforma ‘Naturalmente Mulher’, que visa apostar no desenvolvimento pessoal feminino, especialmente nas áreas da maternidade, desenvolvimento pessoal e divórcio consciente. Dedica-se à criação de conteúdos e mentorias para ajudar outras mulheres a alcançarem uma vida de clareza, propósito e equilíbrio. Tudo é criado de forma individual e de acordo com as necessidades de cada mulher.
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