Paraíso:
Paraíso = Fajã dos Padres. Água azul-azul, a uma temperatura irresistível para mim, praia de calhau mas com uma plataforma de acesso ao mar, espreguiçadeira para me estender ao sol… A Fajã dos Padres só tem acesso por mar e por um elevador com um aspeto bastante arcaico, o que faz com que poucos se atrevam a subir e a descer. Resultado? Tem o número certo de pessoas.
É aqui que fazemos nova prova de vinhos, desta feita diretamente do tonel para o copo. E depois, o almoço: umas lapas deliciosas, um atum salpresado e uns frutos diretamente do quintal biológico. Eu penso que ficaria aqui 15 dias sem sair, sem mover uma palha, nas casinhas autónomas que existem para alugar. Fajã do Padres = paraíso.
Clássicos imperdíveis:
Conhecer o Reid’s Hotel, ser capaz de imaginar a classe dos hóspedes de há um século e constatar o mesmo fino trato nos atuais. Visitar o jardim e tomar um aperitivo no terraço, para depois caminhar até ao restaurante Il Gallo d’Oro, que Benoît Sinthon dirige e que tem trazido estrelas Michelin para o Funchal.
Vencer os medos:
No dia seguinte, levantámo-nos cedo para uma expedição à vertente norte da ilha, onde os grandes desfiladeiros entre montanhas permitem fazer desportos radicais. Experimentámos canyoning, com a Paralelo 32. Subimos a montanha a seguir ao guia, que por sinal é bombeiro profissional, o que nos deu muita segurança, e encontrámos adeptos bem artilhados para descer os desfiladeiros e as cascatas. Não seguimos à risca o plano original porque o tempo é curto e não nos deixou avançar mais, mas tomámos um banho improvisado e gelado, numa cachoeira do percurso.
Safari:
Não há animais de grande porte, mas plantas raras sim. É na senda delas que fomos de seguida, com a Green Devil Safari. Os TT levaramm-nos pelas estradas velhas da vertente norte, e por segmentos de terra batida. Mete um bocadinho de medo ultrapassar veredas cortadas na rocha com o mar bravo a rugir lá em baixo, mas é uma sensação maravilhosa, ao mesmo tempo.
Descansar:
A Quinta do Furão era uma quinta vinícola, que passou a ter um restaurante, que passou a ter um hotel. Este é o hotel ideal para quem adora a montanha mas não dispensa o conforto de um chá quente no regresso ao quarto, ou um jantar sofisticado ao final do dia.
É perfeito e absolutamente virado para os clientes: preparam cestas de almoço para os hóspedes, fazem expedições e pequenos-almoços nos picos das montanhas, e preparam as vindimas como antigamente, abrindo as portas aos locais para o pisar das uvas, mesmo à antiga.
Descobrir:
Descobri mesmo a Madeira, fiz coisas novas e vi o que nunca tinha visto, apesar de estar pela quarta vez na ilha. Os parceiros da Discovering Madeira sabem o que fazem, e Rita Galvão também. Prova superada!
Imagem de destaque: Fajã dos Padres, Madeira.