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Em cada 10 novos diagnósticos de cancro do pulmão de pequenas células, sete apresentam doença extensa

Estudo nacional mostra que para 17% das pessoas com doença extensa o mercado não oferece uma opção de tratamento “válida”.

Em Portugal, oito em cada dez pessoas (77,8%) com cancro do pulmão de pequenas células são do sexo masculino. Esta é apenas uma das conclusões retiradas de um estudo nacional realizado para a PharmaMar, que quis perceber qual a realidade, no nosso país, deste tipo de cancro.

De acordo com os dados do Registo Oncológico Nacional, o cancro do pulmão de pequenas células corresponde a cerca de 10-13% de todos os casos de cancros de pulmão e é um tipo de tumor que se multiplica muito rapidamente, é muito agressivo e metastiza muito cedo para outras partes do corpo, segundo a Fundação Portuguesa do Pulmão.

O estudo mostra ainda que em cada 10 novos diagnósticos de cancro do pulmão de pequenas células, aproximadamente sete apresentam doença extensa. Destes, existem 17,6% para os quais atualmente o mercado não oferece uma opção de tratamento “válida”, pelo que acabam por nem sequer entrar numa primeira linha de tratamento.

Os dados, recolhidos a partir dos doentes seguidos em hospitais de norte a sul do País, mostram ainda que quatro em cada dez doentes (40,9%) têm idade inferior a 65 anos e confirmam aquilo que a ciência já tinha concluído: a associação entre a doença e o histórico de hábitos tabágicos. De facto, 95% dos doentes são ou já foram fumadores.

António Araújo, Diretor do Serviço de Oncologia do Centro Hospitalar Universitário do Porto, refere que “o carcinoma do pulmão de pequenas células representa cerca de 13% dos cancros do pulmão, está intimamente ligado ao consumo de tabaco e mais de dois terços dos casos apresentam-se com doença extensa”. Afirma ainda que é necessária a criação de fármacos que venham trazer aumento da sobrevivência e melhor qualidade de vida a estes doentes” pois, “para o estadio extenso, as abordagens terapêuticas são muito escassas, com progressões muito precoces, e quando falamos de segundas e terceiras linhas de tratamento o panorama é ainda mais sombrio”. 

Recorde-se que, atualmente, o cancro do pulmão continua a ser o cancro que mais mata em Portugal. No geral, os sintomas mais comuns de cancro do pulmão incluem, segundo a Organização Mundial de Saúde, tosse persistente, dor no peito, falta de ar, tosse com sangue, fadiga, perda de peso sem causa conhecida, podendo os primeiros sintomas ser ligeiros ou considerados problemas respiratórios comuns, o que costuma conduzir a um diagnóstico tardio.

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