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Livro: ‘Um Estranho Lugar para Morrer’

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Como foi o processo de pesquisa?

O material relacionado com a guerra veio da minha educação. As grandes questões, já sabia. Os pormenores, tive de procurar. É trabalho de casa. Não criamos conhecimento, apenas procuramos as coisas. Em relação à profissão do Sheldon, relojoeiro, foi por duas razões: por um lado, adoro relógios. Como vivi em Genebra durante algum tempo, era quase impossível não gostar de relógios e de esqui. Depois, gosto de metáforas. Este é um homem que está a ficar sem tempo…

Qual é a parte mais difícil de escrever ficção?

Para além de tentar encontrar tempo, acho que é encontrar uma história central que tem de ser contada num só livro. Um livro tem de ter apenas uma história. Pode ter vários temas, muitos aspetos, mas tem de ter clareza de propósito. Isso é difícil, às vezes, para mim. Ficamos entusiasmados com as personagens e com o que elas fazem, mas temos de aprender que isso é apenas uma série de eventos, não é uma história.

Como descreveria o livro numa frase?

A história de um homem velho que aceita que a sua vida está a acabar, enquanto tenta salvar a vida de outra pessoa.

Como se sentiu quando leu as críticas do livro?

Surpreendido! Não fazia ideia. Ir de não ser capaz de ser publicado na minha própria língua a um dos melhores seis livros na Economist não é normal. Não é uma viagem comum. Estou muito contente por estar na lista com grandes escritores, mas nem sei o que isso significa… O que é diferente é que agora tenho a oportunidade de escrever o próximo livro, e alguém vai lê-lo e publicá-lo.

Já tem alguma ideia para o próximo?

Sim. Não tem o Sheldon e não se passa na Escandinávia, mas o Sheldon continua na minha cabeça. Às vezes, ainda penso sobre o início da sua vida. Penso se haverá uma história para contar… Estou a trabalhar em dois manuscritos: um é um drama familiar, e o outro é mais um thriller.

Portugal inspirou-o de alguma forma?

Sim! Do que eu gostava mesmo era de escrever em Portugal. Consigo imaginá-lo muito facilmente: na costa, com bom tempo, boa comida e bom vinho… Teria de estar morto para não gostar!

Preço – €14,40.

Imagem de destaque: Derek B. Miller © Paulo Castanheira.

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