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Mathilde Thomas, a mulher que pôs as uvas ao serviço da beleza

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A revista Vanity Fair divulgou uma lista com as 50 personalidades francesas mais influentes do mundo. E entre nomes como o de Alexandre Desplat, compositor, Marion Cottilard, atriz, Marc Lévy, escritor, Olivier Rousteing, designer de moda, Christine Lagarde, diretora geral do Fundo Monetário Internacional, entre outros, surge o de Mathilde Thomas.

A fundadora da Caudalie foi considerada a 42ª francesa mais influente do mundo. Abdicou da carreira de perfumista para fundar a marca de cuidados para a pele, trazendo para a cosmética o poder regenerador do extrato de uva.

A marca, prestes a completar duas décadas, é um sucesso mundial. Em setembro, Mathilde Thomas, o marido, Bertrand Thomas, e os três filhos pequenos mudaram-se para Hong Kong. A razão? Crescer no continente asiático.

Antes disso, tinham deixado França, onde têm as suas raízes, e rumado aos Estados Unidos, porque estavam a perder dinheiro na América, e ou se mudavam para controlar tudo de perto ou teriam de fechar a empresa em terras do Tio Sam.

Nessa altura, demoraram dois anos a preparar a mudança, porque foi preciso recrutar uma equipa para os substituir em França, ao mesmo tempo que preparavam a logística em Nova Iorque, para onde foram viver.

Os trabalhadores da Caudalie são escolhidos com o maior cuidado, porque há um ambiente familiar a preservar. As vinhas em Bordéus, onde a marca começou, são propriedade dos pais de Mathilde.

O complexo Caudalie, com uma vertente de turismo de bem-estar, situado na lindíssima vinha de Château Smith Haut Lafitte, tem 49 quartos e suites, dois restaurantes gourmet e um spa.

A história da empresa remonta a 1995, quando Mathilde e Bertrand se aliaram ao professor Joseph Vercauteren, que desenvolve as fórmulas da marca, que já tem três grandes patentes mundiais: os polifenois da grainha de uva com o seu poderoso poder antioxidante, o resveratrol das cepas da vinha, que garante a afinidade com a pele, e a viniférine da vinha, uma molécula antimanchas por excelência.

Durante as vindimas desse ano, o professor universitário alertou para o facto de estarem a deitar fora “um verdadeiro tesouro”. Referia-se às cascas e grainhas das uvas, que iam para o lixo no processo de produção do vinho.

Vercauteren, professor na Faculdade de Farmácia da Universidade de Bordéus, explicou à família as capacidades antioxidantes das uvas, e sobretudo, a riqueza dos polifenois, que protegem o organismo dos radicais livres, a principal causa do envelhecimento.

Mathide e o professor começaram a desenvolver pesquisas sobre o que fazer com as sobras do processo de vinificação, que normalmente eram usadas como adubo. Foi ao perceber o potencial das propriedades do vinho ao serviço da cosmética que nasceu a famosa marca de beleza, com um leque de produtos de tratamento de rosto e corpo.

Alguns anos depois, chegaram os spas de vinoterapia, nos quais se pode usufruir de um conjunto de produtos e serviços que combinam ervas, óleos essenciais e moléculas da vinha, sem conservantes químicos. Esta combinação resulta em relaxamento, desintoxicação e rejuvenescimento.

As castas mais usadas são Cabernet e Merlot, que ajudam a eliminar as células mortas da pele, Sauvignon, usada em massagens, pelas suas propriedades tranquilizantes, e Rioja, usado em tratamentos e cosméticos.

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