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Na “estrada” com Celina da Piedade

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À nossa espera, estava um motorista para nos trazer até Balatonlelle, a cerca de 150 km de Budapeste, onde acontece o festival Babel Sound, nosso anfitrião. Como não tínhamos uma língua em comum, passámos grande parte da viagem a comunicar por gestos. Parecia o Jogo da Mímica, de que eu tanto gosto, mas num nível de dificuldade insano. O que importa é não desistir de tentar comunicar!

Acho que os portugueses, e os povos latinos em geral, são mesmo mandados para a frente, neste aspeto. Se a Terra for invadida por um povo alienígena, aposto que seremos os primeiros a conseguir perceber, por gestos e demonstrações várias, as suas intenções, e seremos também os primeiros a convidá-los para uma sardinhada!

A viagem até Balatonlelle – que fica no lago Balaton, o maior da Europa Central e Oriental – faz-se sempre por terreno plano, um planalto que me deu a sensação de estar sempre a ver o mar no horizonte. De vez em quando, acontece-me. Talvez seja por ter crescido no litoral. Quando morei em Évora, dava-se com frequência olhar o horizonte da planície alentejana e confundir o céu com um mar imaginário. A miragem…

Pelo caminho, fomos fazendo algo bastante típico do viajante etnocentrado: comparações com a nossa própria cultura e a nossa realidade social. Faz sentido, sobretudo quando tens pouco tempo para te ajustares àquela realidade e, na verdade, chegaste e já estás de saída…

A Hungria pareceu-nos economicamente muito semelhante a Portugal, pelo menos a avaliar pelo parque automóvel. Quando chegámos, já a noite se tinha instalado. Sentimo-nos meio atordoados pela viagem, sensação acentuada pelo escuro e pelo facto de os nossos interlocutores praticamente não falarem inglês.

Levaram-nos ao Hotel Tifanny. Os aposentos são modestos mas confortáveis, e o ambiente é tão descontraído que é mais parecido com o de um hostel para jovens do que propriamente de um hotel.

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