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“O desporto devia ser obrigatório porque define a personalidade das pessoas”

Carolina Patrocínio é a capa da LuxWOMAN de novembro. Foi entrevistada pela chefe de redação numa esplanada perto de casa, no Restelo. Às 10h da manhã já estava maquilhada para as filmagens e às 11h tinha de sair para fazer reportagens para o ‘Fama Show’ da SIC.

Numa hora, falou de tudo: da predisposição nata para o desporto, de querer mudar mentalidades e pôr o País a mexer-se, do casamento, das filhas…

Leia aqui seis coisas que não sabia sobre a apresentadora, que não são nem metade do que nos contou e que pode ler na sua LuxWOMAN de novembro, já nas bancas.

1. Carolina Patrocínio teve um professor de Educação Física no colégio onde andou, a Saint Julian’s School, que achava que ela poderia ser atleta de alta competição.

“Esse professor e, entretanto, a assistente dele, chatearam e chatearam a minha mãe ao longo dos anos por eu ser um talento desaproveitado a nível de conhecimento físico, que é uma coisa invulgar quando somos crianças, que só algumas crianças têm… Andei no ballet, foi onde mais me destaquei, mas também nunca levei a sério, nunca fui para o Conservatório Nacional de Bailado nem nada disso. Depois, mais tarde, quando tive de decidir para que área ir no 12.º ano, e para que faculdade, eu dizia sempre: “Mas eu não tenho nenhum talento de especial.” E a minha mãe dizia-me: “Olha, o teu professor dizia que devias era ter ido para desporto…” Enfim, não me lembro de alguma vez ter sido sedentária, isto foi sempre uma coisa que me desafiou, e passei por várias fases. Primeiro foi o ballet, só mais tarde é que me virei para a musculação mais profissional, por volta dos 18, 19 anos. E este desafio constante, o de não estar parada, é o que me move.

2. Há um preconceito de que fala no início do livro ‘Stay Active – o que não te desafia não te muda’ muito comum em Portugal: que o desporto não é uma coisa séria nem importante.

“Acho que nem sequer é uma coisa consciente. O desporto foi quase sempre o parente pobre e é disso que falo: de não ser uma prioridade, de que não seja bem-visto e seja considerado quase como obrigatório, mas no mau sentido. Acho que o desporto devia ser obrigatório porque é uma coisa que define a personalidade das pessoas, é uma coisa que as integra, que as faz pertencer, que as molda – isto nos desportos coletivos. E não só: a nível individual, cria-se uma automotivação, uma autoestima, muito superior. Uma criança que não pratique desporto não tem uma autoestima tão forte. Daí, eu achar tão importante. Mas só me fui apercebendo destas coisas à medida que fui crescendo e ganhando maturidade. Tenho em casa um atleta de alta competição, o Gonçalo [Uva, jogador de râguebi], e partilhamos muito esta paixão. De facto, cada vez mais discutimos como é que o desporto molda uma pessoa, como é que uma pessoa se transforma em tantas vertentes da vida com a importância que o desporto tem.

3. O parto da primeira filha foi no hospital, mas Carolina espera ter, um dia, um filho em casa.

“Eu não tive coragem, muito também pela pressão pública, de assumir essa responsabilidade. Adoraria ter um parto em casa, adoraria ter o menos possível de intervenção médica. Agora, se vou fazê-lo para já, acho que não, um bocadinho pelo escrutínio mediático. Mas o meu primeiro parto foi fantástico, foi tido em conta aquilo que eu queria, a minha vontade foi respeitada. O trabalho de parto foi muito sossegado, silencioso, só tive o meu marido, tive as luzes apagadas e a minha vontade foi respeitada no hospital onde estive. Foi maravilhoso. Se eu preferia não induzir? Preferia. Se eu preferia sem anestesia? Preferia. A minha mãe tem seis filhas e os três primeiros partos foram sem anestesia, os outros foram com epidural. Passou por tudo e espero um dia ter essa experiência.

4. Carolina Patrocínio acredita que as mães de hoje estão demasiado preocupadas com os filhos.

A minha mãe tem seis filhas, tem uma creche, é a profissão dela. Portanto, é mesmo especialista em crianças. Mas, acima de tudo, é uma pessoa com um instinto tão natural nas coisas que faz que é o meu exemplo máximo. Nós fomos criadas com tanta naturalidade, sem drama, com pouca atenção – no sentido da desdramatização. Eu, hoje em dia, vejo uma corrente de mães, com filhos únicos, que vivem muito a evolução das crias, por assim dizer. E é algo que lhes ocupa tanto tempo, algo tão intenso, tão desgastante, com tanta depressão pós-parto, com tanta coisa… É muito avassalador. E eu vejo que com a minha mãe foi tudo tão natural, que é aquilo que, no fundo, faço, porque foi o exemplo que ela nos deu. A minha mãe teve seis gravidezes e trabalhou até ao final em todas, em pouquíssimas teve licença. Para ela nunca foi uma doença, nem pouco mais ou menos. Durante a gravidez inteira, uma pessoa nem falava sobre o assunto, porque era uma coisa natural. E se há alguém que me respeita e que me apoia, é a minha mãe, que acha tudo fantástico e acha que eu devo fazer a minha vida e tudo sem dramas.

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5. Casar cedo e ter vários filhos eram sonhos de menina.

Quando era mais nova, dizia que queria casar-me cedo e ter muitos filhos. No entanto, quando cheguei aos 20 anos e a minha vida profissional começou a organizar-se, não era uma coisa tão prioritária. Mas a vida levou-me para isso. Eu já namorava com o Gonçalo há muito tempo, queríamos ser pais, fui pedida em casamento também de forma inesperada… Portanto, acabou por acontecer. Mas se me perguntar se há dez anos era o que eu queria, sim, era tudo o que eu queria. Mas não fiz por isso acontecer.

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6. A seguir ao nascimento da segunda filha, vai dedicar-se mais à carreira.

Acho que não vou ter uma família tão grande como aquela que a minha mãe criou, mas gostaria de dar irmãos à Diana, e por isso é que me aventurei nesta gravidez. Quando digo que queria fazer uma pausa para me dedicar mais à carreira, não é no sentido de me sentir prejudicada na carreira, mas de saber aproveitar as oportunidades e, de facto, trabalhar no meio televisivo não é muito baby friendly. Também tenho de ter noção de espaço e tempo, e por ter abraçado este projeto do ‘Fama Show’ já há cerca de dois anos, não posso estar constantemente grávida, nem com bebés pequeninos em casa. Mas se me comparar com outras pessoas, que têm empregos tradicionais, tiraram licenças muito maiores, que agora estão a prejudicar-se mais porque se afastaram mais, isso não aconteceu. Quero ter mais tempo para mim, quero ter ainda mais liberdade para poder viajar e fazer outras coisas. Portanto, depois desta segunda gravidez, acho que vou fazer um intervalo. Um intervalo de ter dois bebés em casa. Tenho um bebé de fraldas em casa que não come sozinho, que não se faz entender ainda a 100%… e já vou ter outro!

Imagem de destaque:

Fotografia: Mário Príncipe, assistido por António Medeiros e Igor

Produção: Cristina Câmara, assistida por Raquel Estevens

Cabelo Eric Ribeiro para Griffe Hairstyle, com produtos L’Oréal Professionnel

Maquilhagem Liliana Ribeiro com produtod SisleyParis, assistida por Lenka

Carolina veste camisola de lã DKNY na Fashion Clinic, brincos de ouro e diamantes Julieta Jóias.

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