Sabia que o Dia 14 de fevereiro, além do Dia de São Valentim, assinala, também, o Dia Europeu da Disfunção Erétil? Vamos falar de um problema que afeta cerca de 500000 homens em Portugal, mas cujo tema continua a ser tabu?
Esta é uma realidade frequente, mas de difícil abordagem, por parte dos pacientes, que se sentem inseguros, em mencionar a situação ao seu profissional de saúde. Alguns estudos mencionam que os números em Portugal serão de, aproximadamente, 500000 homens (13%), contudo, dada a dificuldade na comunicação desta problemática, pode ser este número a ponta do icebergue?
Vamos ao significado da doença?
Primeiro, sabe o que é a disfunção erétil? A disfunção erétil corresponde à incapacidade de ter uma ereção que permita uma atividade sexual satisfatória. Contudo, a maioria dos homens, num momento ou outro da sua vida, já teve um episódio destes e não tem a patologia. Apenas quando ocorre de forma repetida, por mais de seis meses, é que se deve pensar neste diagnóstico. Uma percentagem de 50% dos homens, entre os 40 e os 70 anos, podem apresentar algum grau de disfunção erétil, podendo, essa percentagem, atingir os 85% acima dos 75 anos de idade.
Será um caso grave e de difícil resolução?
De alguma forma, na grande maioria dos casos, conseguimos, atualmente, uma solução positiva. Porém, primeiro, o médico deverá descobrir qual a situação (ou situações) que poderão estar por detrás dos sintomas, que, habitualmente, são:
- Incapacidade em obter uma ereção com rigidez suficiente para a penetração;
- Ereção fugaz, ou seja, ereção de duração insuficiente para uma relação sexual satisfatória;
- Diminuição do número de ereções espontâneas (noturnas, matinais);
- Ejaculação rápida ou precoce;
- Dificuldade para ter ou manter uma ereção de forma consistente;
- Ereção, por vezes, menos intensa, em que existe uma maior necessidade de concentração e tempo para a conseguir – o paciente atinge uma ereção eficaz, de forma inconsistente;
- Diminuição do desejo sexual e alterações da qualidade da ereção.
Estes sinais podem manifestar-se de forma progressiva, mas também de forma espontânea. A duração da ereção, as situações em que ocorre e, também, quando ocorre, podem ser dados importantes, para perceber se a causa é psicológica, física ou ambas.
Se o seu parceiro está a passar pelo problema, faça este exercício: já pensou no que ele precisa para ter uma ereção eficaz? Para ter uma ereção eficaz, o sangue tem de chegar ao pénis, através dos vasos (artérias), numa quantidade adequada, de forma a encher duas esponjas, uma de cada lado (corpos cavernosos), e tem de desacelerar, de forma a ficar lá tempo suficiente e não “fugir” pelas veias. Os nervos da zona têm de funcionar corretamente, para levar e trazer informação do cérebro. Não podemos esquecer as hormonas (testosterona e outras), e a parte psicológica – a diminuição do desejo (“libido”) é uma orquestra ou banda de música, que, para produzir um bom resultado tem de estar bem afinada.
Quais são as causas?
As causas mais frequentes de disfunção erétil podem ser:
