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O vazio consentido e a vida sem sentido: caminhos sombrios rumo à Ansiedade e à Depressão

No buraco da existência, onde o sol das metas não brilha, mora o sabor amargo de uma vida sem propósito. Uma sinfonia silenciosa de almas perdidas, navegando à deriva em mares agitados pela ausência de sentido. O tempo, esse carrasco implacável, tece com fios invisíveis o veneno do tédio que corrompe a essência humana.

Conhece aquela sensação de vazio insaciável, que se poderia supor anódina, mas que à medida que o tempo avança começa a revelar os contornos de uma cismaria que a(o) faz engolir os dias em “suave” desespero nas golfadas agridoces da costumeira sopa da pedra, servida à boca pela mão de determinada resignação?

O mundo torna-se um palco de sombras e ilusões, onde os sorrisos são máscaras que escondem a dor do existir sem razão.

Muitas pessoas vivem pesarosas, queixosas, lamuriantes, ressentidas e quase sempre é porque seguiram um caminho ou fizeram escolhas que alguém queria que elas fizessem. Elas fizeram isso por aprovação e pertencimento. No entanto, acabam por sentir-se insatisfeitas, entorpecidas e desligadas.

Na arte de viver desligado(a), é a aprovação dos outros quem dita as regras. Se a validação externa for a sua única fonte de nutrição, lamento dizer-lhe mas irá passar fome pelo resto da vida.

Oh, mas para quê enfrentar a realidade se adoramos uma boa (des)ilusão? Mesmo que ela nos achate. Humanos, “apenas” humanos… portugueses ainda para mais. Sedentos por aprovação: este parece ser um caminho sombrio rumo à ansiedade e depressão.

A mente, quando excessivamente conectada com o que “faz” (mas nem sempre o que se “faz” define uma pessoa pelo que ela “é”) pode entrar num ciclo de mal-estar e assumir uma posição de fracasso ambulante. E isto para lhe dizer o quê, querida leitora? Que vivemos num mundo onde o ter não tem limites e o ser é ignorado; numa sociedade que confunde a árvore com o bosque. Porém, no enigma da existência é o significado que nos move.

Sim, hoje descobrirá que perturbações mentais como ansiedade ou mesmo depressão podem vir de uma busca excessiva por aprovação e validação externa.

Vejamos. É natural buscar aprovação e validação externa. Foi assim que crescemos e nos adaptámos ao meio na idade da meninice. Mas quando, em adultos, insistimos em fazer sempre as nossas escolhas de vida apenas com base na validação externa, desconectamo-nos de nós mesmo(a)s. Isso cria abatimento, sofreguidão, dormência, depressão, ansiedade e tentativas disfuncionais de se auto-apaziguar, porque a verdade é que fomos desenhado(a)s para seguir a nossa própria intuição. Precisamos ter as nossas necessidades atendidas. Precisamos (re)ligar-nos com a nossa bússola interna, e não com os planos que outras pessoas têm PARA nós ou estabelecem POR nós.

 Mas vamos lá…

 1) Você conhece os SEUS valores fundamentais?

2) Você conhece as SUAS verdadeiras necessidades?

3) Você está conectado(a) com as suas PRÓPRIAS emoções?

Como náufragos voluntários à procura de uma ilha desconhecida, precisamos abraçar a dor da reflexão e da metamorfose. Afinal, no coração de cada ser anseia a vontade de florescer, e é nessa busca que a alma encontra a verdadeira morada.

Existe um estágio nas nossas fases de desenvolvimento psicológico chamado diferenciação. A diferenciação acontece quando conseguimos desenvolver um senso de identidade pessoal. Temos consciência das nossas próprias emoções, pensamentos e necessidades. Em resumo, constituímo-nos como pessoas singulares para nós mesmo(a)s. Não tomamos os sentimentos de outras pessoas como nossos e não fazemos escolhas baseadas na aprovação (ou receio de a perder) de outras pessoas. Em vez disso, fazemo-las baseadas nos nossos próprios valores e intuição.

Quando ainda não desenvolvemos esta noção de Self (ou “Eu” próprio), tentamos adquiri-lo através dos outros ou de coisas exteriores a nós, tipicamente, através da busca de validação externa e da aprovação social. Desenvolvemos a crença de que agradar as outras pessoas irá tornar-nos mais “merecedores” de amor ou atenção. Este tipo de comportamento vindo de adultos não sobredotados mas sim “sobredoados” surge geralmente com um afã de tentar “ser” (na verdade, fazer) tudo para toda a gente (ou para alguém) e com uma consequência mais ou menos evidente ao longo do tempo: o ressentimento. E porquê? Ora, por algo muito “simples”: porque a nossa vida deixa de ser nossa.

Depois de anos a fio a degustar solidões em grupo e a lambuzar-me com os meus próprios vazios existenciais, cedo aprendi com a vida (e, mais tarde, com todos os seres humanos que acompanho ou já acompanhei) que a pressão para ser aceite pode tornar-se tão avassaladora que a própria identidade é deixada de lado, e a sensação de desconexão com o verdadeiro “Eu” pode levar a um vazio emocional e existencial profundos.

Nisso estou com o Viktor Frankl (incontornável psicoterapeuta e sobrevivente dos campos de concentração da Segunda Guerra Mundial) numa coisa: “o Homem pode suportar tudo, menos a falta de sentido”.

O infinito do horizonte, a profundeza dos oceanos e o abismo do precipício: esta poderia ser a descrição de uma paisagem ou ambiente, mas não. São cenários que nos dizem muito sobre a mente humana, que é considerada um lugar sem restrições, mas que por vezes nos faz sentir morar num vórtice de fraquezas, de amor, de desalentos, mas de uma força e de um poder desconhecidos pela maioria. Só quem não dormiu na promiscuidade com os seus fantasmas e desconhece a beleza de uma dança cadenciada com a dor, poderá ficar indiferente a esta ciência chamada psicologia e, nomeadamente, a sua aplicação prática, através da psicoterapia (para mim, pura “poesia” viva!).

E o que é que aprendemos aqui? Entre muitas outras coisas, que a personalidade é uma adaptação. Assim sendo, o que chamamos de personalidade é muitas vezes uma mistura de traços genuínos e estilos de condicionamento diversos, adaptados, incluindo alguns que não reflectem o nosso verdadeiro “Eu”, mas sim a perda dele.

O medo coloca-nos muitas máscaras… O medo veste-nos de muitas capas. O medo criou o seu ego. O medo chegou inclusive a abafar a sua mais pura e genuína vontade de amar. Medo do que “eles” vão pensar. Medo do que “eles” vão dizer. “Eles”…

Repare agora no seguinte. Quando você não tem medo, você é inocente, quando você é inocente, você é bonito(a), quando você é bonito(a), você é adorável, quando você é adorável, você é divino(a). E um ser divino é um ser destemido. Logo, confiante, auto-validante e auto-aprovante. Há sentido porque isso faz sentir. Um “felt sense” autêntico, ouro negro de significados genuínos e chama interior, combustível da alma humana.

Ousadia não é mostrar o “bum-bum” nas dancinhas do Tiktok… Ousadia, nesta vida, é chegar a ser-se quem se é, estando disposto(a) a “pagar o preço” por todas as escolhas que fazemos.

É difícil mas vale a pena, é garantido! Porque quem “ousa” Ser, descobrir-se e Viver adquire um sentimento profundo, estabilizador e delicioso de liberdade, satisfação e de realização pessoal.

O auto-conhecimento é uma ferramenta importantíssima para si próprio(a), mas se usada sem acção, vira party trick de jantares tardios.

A depressão ou a ansiedade não se instalam num estalar de dedos. E quando evoluem juntas, costumam entrecruzar-lhe habilmente. São um visitante metediço que começa por colocar um pezinho na porta, mas que se nos apanha desprevenidos, a pouco e pouco, dia após dia, vai entrando progressivamente pela nossa casa (interna) adentro, mesmo que a contragosto, e vai montando os seus arrais de infelicidade. Quando damos por nós, estamos como que reféns desses hóspedes intrometidos na nossa própria casa…

O facto é este: a vida traz-nos desafios mentais, emocionais e físicos que nos derrubam, que nos fazem sentir desesperados, deprimidos, ansiosos e angustiados. Nesse ponto, só resta uma saída, porque abaixo já não há mais nada.

Você deveria dançar com os esqueletos no seu armário. Aprender os seus nomes para que os possa convidar a sair. Experimentar tomar café com os seus fantasmas e aproveitar para lhes colocar importantes questões como: “o que é que te mantém aqui?” Descobrir que portas eles continuam a encontrar abertas para que, então, as possa fechar.

Na minha prática clínica, em consultório, o que eu vejo é que uma das razões para muitas pessoas se terem agarrado durante anos a fio à ideia de que as suas depressões eram “apenas” o resultado de algo errado com os seus cérebros, era para não terem que pensar sobre isso.

A humanidade passa por um momento cada vez mais voltado para a desumanização das relações. O resultado disso é facilmente visível pela presença de números nunca antes registados de perturbações mentais e de consumos de medicamentos psicofarmacológicos.

Vivemos tempos onde não há tempo para a infelicidade. A máquina humana não pode gemer ou parar. O stress, a ansiedade, o pânico e a depressão são vistas pelas visões essencialmente medicalizantes e “apenas” como disfuncionalidades. Deixam de ser entendidas como funções psíquicas. Só as queremos eliminar. Evita-se nelas pensar. Parece que se banalizaram e tornaram virulentos os “n” diagnósticos na nossa cultura. Esta parcela das ciências médicas trasvestiu o luto, a melancolia, as tristezas e os desânimos naturais como doenças mentais. Uma parte dos profissionais acabam por reduzir o sujeito a um encéfalo. Ao classificar o sofrimento como fruto exclusivo da disfuncionalidade cerebral, muitas indústrias farmacêuticas lucram com a produção de pesquisas e a venda de medicamentos.

Além disso, é comprovado que somente o tratamento medicamentoso não é suficiente. Sem desenvolver capacidades pessoais, a solução química pode fazer as pessoas desconfiarem se sequer conseguem viver a partir dos seus próprios recursos.

A sua dor não é um espasmo irracional. É uma reacção ao que está a acontecer consigo. Para lidar com a depressão ou a ansiedade, você precisa lidar com as suas causas implícitas. E todas estas coisas levam-me à evidência científica de que precisamos tentar solucionar as nossas crises de depressão e de ansiedade de uma forma muito diferente (além de remédios, que obviamente, e em certas situações, devem ser opções a considerar).

Por isso é que eu não vejo a psicoterapia apenas como um eliminar dos sintomas disfuncionais, como se de uma cirurgia psicológica se tratasse. As pessoas vêm até mim porque, no fundo, não conseguem sentir a alegria de serem quem são, de conviverem bem com elas mesmas, de terem um relacionamento saudável com a própria mente… Não sentem o lado positivo da vida. Sentem-se presas a um padrão repetido que parece recuar na história. Muitas vezes estão focadas em (ou melhor, fascinadas por) um sintoma como a obsessão ou a paranóia ou a depressão ou a ansiedade.

Porém, é a natureza da vida seguir, como um rio, e não ficar presa ou parada…

A auto-confiança é um recurso fundamental para vencer os vazios existenciais e os medos. Só desta forma é possível alcançar a plenitude da vida.

A dor emocional é real. As feridas emocionais estão na origem dos sentimentos mais destruidores da mente humana, e, como sabemos, têm sido progressivamente descritas como a maior causa de depressão, de ansiedade e das doenças auto-imunes, além de muitos comportamentos absurdos que não conseguimos compreender.

Desconfie quando lhe dizem que “o melhor” é esquecer o seu passado. Enquanto não curar o seu passado, não conseguirá confiar no futuro. Aprenda a identificar e a sarar as suas feridas emocionais.

Enquanto continuar a negar ou a evitar o que o(a) faz sentir esse vazio, será impossível resolver o problema. Quando os pensamentos e sentimentos depressivos não são abordados, eles normalmente acumulam-se e pioram. Alcançar ajuda quando não estamos bem é que seria de valor.

A gritaria que impomos ao nosso mundo interno é tão intensa e compulsiva que buscamos por prazer imediato (comida, entretenimento, dinheiro, compras, etc.) que as nossas emoções desenvolvem um tipo de surdez selectiva.

Contando com isto, a publicidade têm evoluído tanto (nem sei se chamaria isto de evolução…) a ponto de transformar o desejável em necessário. E as pessoas correm como loucas para comprar desenfreadamente aquilo que acreditam que se traduzirá em felicidade.

Em busca desta ilusão, muitas vezes alimentando os filhos e netos com o mesmo veneno, hordas da humanidade mantêm-se na roda que gira sem cessar, mas que não chega a lado nenhum. Trabalhar para pagar prazeres fugazes, a viver em ambientes tóxicos em todos os aspectos, desconectados da natureza (da nossa e da do mundo à nossa volta), preocupados com o que irão pensar se decidirmos mudar de vida, abrindo mão do bem mais valioso que é o tempo e o espaço. E a própria saúde, matéria prima da existência.

As nossas doenças emocionais são um pedido forçado de socorro, é a forma que a mente encontra para sinalizar que correr a 300 km/h pode parecer bonito para os outros, mas tem um custo emocional gigantesco.

É um estilo de vida que acaba por exaurir a nossa energia vital e é inevitável que adoeçamos.

A verdade é que a falta de propósito é uma das principais causas de depressão e da ansiedade, e é nosso propósito individual (logo, indivisível, pessoal, intransmissível!) que nos traz a verdadeira felicidade.

Quando nos reconectamos com a nossa essência passamos a ouvir o nosso coração, os nossos dons únicos afloram e somos apoiados pelas Leis da Natureza, ou se quiser, a Vida ou o universo conspiram a nosso favor.

Experimente e pergunte a si mesmo(a): qual o seu propósito? Porque você está aqui nesse mundo? O que lhe faz sentido? Qual o sentido da sua vida?

Nunca, jamais, conseguiremos ir além do nosso grau de desenvolvimento pessoal, por isso, a saúde mental é “só” isso: uma necessidade, uma prioridade diária e não apenas um conceito abstracto em discursos de ocasião.

Como se sente, já se questionou hoje? Como é que as suas escolhas diárias estão a promover ou a fragilizar a sua saúde mental, já se questionou? Você sabe identificar quais são os factores stressores no seu dia-a-dia que têm prejudicado a sua saúde mental? O que é que você tem feito para cuidar da sua saúde mental, como preciosidade que ela é?

Uma das maiores mentiras que a sociedade (ou quem desempenhou um papel preponderante no seu processo de educação/socialização) lhe pode contar é que a sua personalidade é fixa, que “os outros” já sabem cada detalhe da sua identidade e que esta não pode mudar.

Aí temos legiões de mulheres e homens que acham que têm problemas eternos, que nunca vão conseguir conhecer-se, tomar as próprias decisões, ter relacionamentos saudáveis, sair de uma depressão, superar a ansiedade, viver com mais paz mental ou auto-confiança, conseguir independência financeira ou emocional de alguém, etc..

Mentira. Isso vai totalmente contra tudo o que sabemos sobre o cérebro. O cérebro é capaz de fazer novas conexões neurais de forma ilimitada a toda a hora, desde que você se exponha ao e vivencie o estímulo “novo” e certeiro que colabore com o objectivo que você pretenda alcançar. Quanto mais entra em contacto com as suas reais emoções, acolhendo-as para que elas possam desbloquear dentro de si algum fluxo travado, quanto mais você treina novos pensamentos e comportamentos, quanto mais você restabelece significados e readapta paradigmas, mais você aprende a fazer coisas que achava que nunca ia conseguir. E porquê? Porque o que você não sabe fazer, você pode aprender.

Sim, tudo o que você não sabe fazer, você pode aprender! Esta é uma realidade que tenho o privilégio de testemunhar todos os dias. Não aceite os limites à sua identidade que outra pessoa criou. Jamais aceite esses limites mesmo quando vêm dos seus próprios pensamentos, pois certamente esses pensamentos não são originalmente seus.

Faça escolhas que lhe permitam aprovar-se a si mesmo(a) – mesmo quando estiver desconfortável, mesmo que sinta a culpa a morder-lhe os calcanhares. Quanto mais você fizer escolhas alinhadas com os seus valores, menos dependerá da aprovação externa. Faça escolhas que lhe permitam dormir à noite, mesmo que decepcione algumas pessoas no processo.

Qual será a parcela individual que cada pessoa, como eu e você, tem e que colabora com as formas de ensurdecimento psíquico?

A depressão e a ansiedade de que muitos se queixam parecem respostas emocionais ao modo como emudecemos o nosso mundo interno. A nossa mente, por receber tão pouca atenção de qualidade, parece adoptar essas duas estratégias como sinal de alarme. Ela vai desligar a sua capacidade de continuar a entusiasmar-se “cegamente” com qualquer estímulo (depressão) ou irá deixá-lo(a) tão sensível e amedrontado para entupir a sua “caixa de entrada” a ponto de não aguentar mais nenhum estímulo (ansiedade).

Só que a vida é feita de escolhas. E precisamos escolher de acordo com aquilo que seja importante para nós. Aquilo que de alguma forma nos dê prumo e sentido de vida, se não estamos aqui neste mundo a fazer o quê?

O vazio, portanto, é um vazio de conexão consigo mesmo(a)…

Sei como pode ser difícil mudar os seus comportamentos de busca de aprovação. Não é fácil começar a tomar decisões que podem ser desaprovadas por outras pessoas. Você provavelmente começou a buscar aprovação por um bom motivo; em algumas situações, provavelmente parecia a escolha mais fácil e menos ‘dramática’ para se fazer. Sob certas circunstâncias, deixar de buscar a aprovação de outras pessoas podia resultar em consequências negativas imediatas. No entanto, evitar confrontos repetidamente fará com que você viva uma vida despojada dos seus verdadeiros valores, necessidades e interesses, o que inevitavelmente faz com que questione o seu valor ou valia como pessoa. Ambos os caminhos trazem o seu próprio conjunto de consequências negativas, então depende de si. Se prefere escolher a “dor” de viver a própria vida ou a dor por não a ter vivido.

Escrever, reescrever, rasurar, corrigir, ampliar, reeditar a nossa própria história pode ser difícil, mas não é tão duro quanto passar a vida a fugir dela.

Romper com o ciclo da aprovação alheia e da busca incessante pelo pertencimento a todo o custo não é uma tarefa fácil. No entanto, é essencial para encontrar a verdadeira satisfação e realização pessoal. É tempo de questionar as motivações por detrás das nossas escolhas e buscar uma vida mais autêntica, em que os nossos desejos e necessidades sejam considerados (também) como prioridade. É tempo de abraçar a nossa individualidade, mesmo que isso signifique desafiar as expectativas impostas sobre nós.

O eco dos suspiros perdidos ressoa na noite interminável, enquanto os corações, sentidos corações, como Fausto vendem a sua alma à inércia e sussurram as suas lamentações ocultas ao universo indiferente. As estrelas, distantes testemunhas, parecem piscar com compaixão, mas a verdade existe, insiste e persiste: a vida sem propósito é uma prisão invisível, onde os dias são grilhões que arrastamos sem rumo.

Num mundo onde o conformismo é hiperestimulado, ser autêntico é um acto revolucionário. Convide-se a questionar o caminho que está a trilhar e a encontrar a coragem para perseguir o seu próprio, mesmo que isso signifique desapontar algumas pessoas. Afinal, o verdadeiro sucesso não vem do que tem ou faz, mas sim do que sente e é. Assim, desengane-se o mais cedo possível, pois de outra forma a felicidade não lhe cairá no colo, muito menos será encontrada na aprovação dos outros, mas sim na conexão com a própria essência.

Sara Ferreira

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