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Revolução em curso

No dia 24 de abril de 2013, o mundo acordou para o lado negro da indústria têxtil quando ruiu o edifício Rana Plaza, em Daca (Bangladesh), onde funcionavam várias fábricas têxteis, provocando mais de um milhar de mortos e feridos. O desastre despoletou a revolução. Nesse mesmo ano, as designers e ativistas Carry Sommers e Orsola de Castro juntaram-se para criar o Fashion Revolution, um projeto que pretende chamar a atenção para a forma como usamos e consumimos a fast fashion, incitando os consumidores a questionarem-se sobre a origem das peças de vestuário que compram nas grandes marcas de moda rápida.

Para uma pergunta tão simples e direta não houve, ao início, respostas. Marcas como a Primark, Zara e a H&M permaneceram em silêncio quando milhares de pessoas publicaram nas redes sociais fotografias das etiquetas de diversas peças de roupa destas (e de outras) multinacionais, juntamente com a hashtag #whomademyclothes (“quemfezaminharoupa”).

Com uma enorme projeção no Facebook, Twitter e Instagram, o Fashion Revolution transformou-se num movimento à escala global. Todos os anos, a revolução acontece nos mais de 60 países que assinalam o Fashion Revolution Day (24 de abril) com iniciativas pensadas para sensibilizar designers, artesãos, produtores e consumidores: no fundo, todos os que alimentam este ciclo de produção desenfreada.

Este ano, e pela primeira vez, as iniciativas decorrem no espaço de semana, de 18 a 24 de abril, em 68 países. Em Portugal, a Fashion Revolution Week tem lugar em Lisboa e assinala-se com diversas atividades gratuitas. As primeiras oficinas de reciclagem de roupa e de iniciação à costura arrancaram ontem, e até domingo há workshops, a projeção do documentário ‘The True Cost‘, uma “unconference” dedicada à sustentabilidade no mundo da moda e um mercado de troca direta de roupa usada em boas condições. Para ficar a par das datas, horários e locais das iniciativas consulte a página de Facebook do Fashion Revolution Portugal.

No ano passado, o Fashion Revolution Day ficou marcado por uma ação que teve lugar na praça Alexanderpltaz, em Berlim, onde foi instalada uma máquina que vendia t-shirts a €2. Como toda a gente gosta de uma boa pechincha, a máquina fez furor, mas no fim ninguém comprou a t-shirt… Descubra porquê.

Imagem de destaque: fotografias publicadas nas redes sociais com a hashtags #whomademyclothes.

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