Rosalía, conquistar o mundo ao ritmo do flamenco

Para já, o céu parece ser o limite para Rosalía e após receber o prémio de Melhor Nova Música da Pitchfork, levou, também para a sua Catalunha, o Grammy Latino. Aos poucos, tem-se revelado mais do que uma simples cantora e, se provas faltassem para justificar esta afirmação, Pedro Almodóvar, lendário cineasta espanhol, tratou de as dissipar chamando-a para contracenar com a sua musa de sempre, Penélope Cruz, no seu próximo filme, Dolor y Gloria.

No que diz respeito à música, a cantora vai atingir mais um marco na sua curta, mas incrível carreira, juntando-se a um grupo de estrelas, embaixadores da língua espanhola no cartaz do Coachella, deste ano, como Bad Bunny ou J.Balvin, com quem aliás tem vindo a trabalhar, recentemente, como prova o lançamento do novo hit, Con Altura.

Em 2017, no mesmo ano em que se estreara em Portugal com uma atuação no Teatro Circo de Braga, numa entrevista ao Público, Rosalía referia que, diariamente, lidávamos com a “morte” e que esta estava presente a toda a hora, “ estamos sempre a deixar coisas para trás… a destruir, a morrer e a viver”.

Esta forma de pensar causa alguma preocupação, pois nunca saberemos se a talentosa cantora “deixará para trás” a sua música em detrimento dos seus outros talentos.

Mas não desespere,se se acha um azarado por não ter podido presenciar a estreia da espanhola no concerto em Braga, ou se não tem disponibilidade financeira para embarcar numa viagem até aos EUA, para assistir ao aguardado concerto no mítico festival californiano, o NOS Primavera Sound lembrou-se de si e vestiu a capa de super-herói, decidindo colocar a catalã do momento no seu cartaz deste ano, dando-lhe a oportunidade de presenciar um espectáculo para mais tarde recordar, no dia 8 de junho, no Parque da Cidade, no Porto.

Aos 25 anos, Rosalía parece ter atingido o topo da carreira, mas quem melhor do que ela para definir novos limites?

texto João Nunes