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Sete mitos comuns sobre o cabelo que precisa de conhecer

Lavar o cabelo todos os dias favorece a calvície? Cortar as pontas faz o cabelo crescer mais?  Os cabelos grisalhos caem menos?  Estes são alguns dos mitos sobre o cabelo, passados de geração em geração, e que na grande maioria das vezes não são verdadeiros.

O Carlos Portinha, médico Chief Clinical Officer do Grupo Insparya, ajuda-nos a desmistificar essas crenças populares, nem sempre verdadeiras, que repetimos até à exaustão.

Lavar o cabelo todos os dias favorece a calvície

Sempre nos fizeram acreditar que lavar o cabelo todos os dias poderia enfraquecê-lo e fazê-lo cair. A realidade é muito diferente. “Manter a sujidade durante dias no cabelo é algo prejudicial para a saúde”, afirma, “a limpeza é um ponto fundamental para manter uma boa saúde capilar“, acrescenta. O importante é secá-lo sempre com o secador à distância de um palmo do couro cabeludo e na primeira posição de calor ou frio.

Cabelos grisalhos não caem

O cabelo grisalho não só difere do resto do cabelo pela sua cor, como também pela sua textura, uma vez que têm uma maior espessura e um toque mais áspero, sendo um cabelo menos elástico. Geralmente, os primeiros cabelos grisalhos começam a aparecer a partir dos 30 anos, mas pode acontecer começarem a aparecer em idades mais jovens, embora existam várias causas, como o stress, doenças autoimunes, que podem antecipar o seu aparecimento.

Segundo o Dr Carlos Portinha, “o ciclo de crescimento dos cabelos brancos é o mesmo que o de outros cabelos”. O cabelo começa a cair quando surge a alopecia, pelo que existe o mesmo risco de queda de cabelo.

Rapar o cabelo faz com que fique mais forte

Este é um dos mitos mais comuns e generalizados na sociedade. Inclusive, muitos pais rapam o cabelo dos seus bebés com a ideia de que desta forma o cabelo nascerá mais forte e mais abundante.  Não poderiam estar mais longe da verdade. A verdade é que o diâmetro do cabelo mais perto do couro cabeludo é mais espesso, assim como nas extremidades o seu diâmetro é reduzido. A verdade é que, o diâmetro do cabelo é mais espesso quanto mais próximo está do couro cabeludo, assim como nas pontas é mais fino. Por esta razão, rapar o cabelo produz uma ilusão óptica que dá a sensação de maior densidade, confirma o Dr. Portinha.

A utilização de champôs anticaspa previnem o aparecimento da caspa.

Como o médico confirma, “os champôs anticaspa não devem ser utilizados preventivamente”. Isto é um erro grave. Só se deve usar este tipo de tratamento quando houver um problema real de descamação, tendo sempre em mente que será aplicado durante um certo período de tempo.

Cortar o cabelo com frequência faz com que cresça mais

O cabelo cresce na raiz do couro cabeludo, pelo que cortar as pontas não tem qualquer impacto no crescimento do cabelo na raiz. O número de vezes que corta o cabelo não afecta directamente se o seu cabelo cresce mais ou menos”, diz o Dr. Portinha. O cabelo quando cortado, mesmo que pareça e se sinta mais forte, não tem qualquer relação com alteração da taxa de crescimento. A espessura, textura e comprimento do cabelo são características determinadas pelos genes, e um corte de cabelo não altera o nosso código genético.

O uso de secadores estraga o cabelo

Sempre ouvimos dizer que é preferível evitar usar secadores de cabelo porque danificam o cabelo, alegando que deixar o cabelo seco ao ar é a melhor opção. Como salienta o Dr. Carlos Portinha, deixar o cabelo seco ao ar é pior, pois o cabelo perde a sua força e resistência, tornando-o mais propenso a quebrar e a rachar as pontas. O cabelo deve ser seco com um secador de cabelo a uma distância de um palmo, a frio ou a baixa temperatura, até o couro cabeludo estar completamente seco.

Depois de desmistificar alguns dos mitos mais comuns e difundidos na nossa sociedade, a conclusão a que chegamos é muito clara: a saúde do cabelo é uma questão muito séria e devemos preocupar-nos em tratar o nosso cabelo e couro cabeludo da forma mais correta. Para isso, é muito importante não nos deixarmos levar pela primeira coisa que lemos na Internet ou pelo que nos é dito. Como em qualquer questão de saúde, o melhor a fazer é consultar um profissional, pois este poderá dar-lhe os melhores conselhos e dizer-lhe como proceder em cada caso.

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