A revista Selecções do Reader’s Digest divulgou esta terça-feira os vencedores da 24.ª edição do estudo “Marcas de Confiança”, que avalia os níveis de confiança dos portugueses num conjunto de realidades do seu quotidiano, nomeadamente nas marcas, personalidades, profissões e instituições.
O estudo, que utiliza o método de pergunta aberta junto do painel de assinantes da revista, apresenta este ano uma nova categoria, “Produtos de Panificação”, e reintroduz outras três, “Perfumes”, “Cruzeiros” e “Região de Turismo”, as duas últimas tinham sido descontinuadas no período de pandemia uma vez que a sua atividade sofreu fortes constrangimentos.
Na categoria “Personalidades” a grande novidade é Pedro Abrunhosa – no ano em que assinala três décadas do lançamento do seu álbum de estreia, o artista venceu pela primeira vez enquanto profissional que mais se destaca na área da “Música”. Marcelo Rebelo de Sousa alcança os 10 anos de liderança enquanto político de confiança e Rui Nabeiro obtém mais um reconhecimento póstumo, sendo o empresário em quem os portugueses mais confiavam.
Num ano profundamente marcado por fragilidades no Serviço Nacional de Saúde e sucessivas greves na classe dos professores, as profissões de “Médico” e “Professor” alcançam o primeiro e terceiro lugares, respetivamente, entre aquelas em que os portugueses mais depositam confiança. “Bombeiro” surge novamente na segunda posição.
Na missão de estimular descobertas que beneficiem as pessoas, nomeadamente na sua atividade nas áreas das neurociências e do cancro, a Fundação Champalimaud é, uma vez mais, a instituição de confiança na categoria “Fundação”. Também o Museu Nacional dos Coches, em Lisboa, renova a sua posição de liderança na categoria “Museus”, vencendo pelo segundo ano consecutivo. No tema “ONG/IPSS” o Banco Alimentar Contra a Fome viu novamente expressa a confiança dos portugueses, no ano em que registou um aumento de 10% nas doações face ao ano anterior.
Por fim, e quando se mantém a instabilidade desencadeada pelo conflito na Ucrânia, as tensões económicas globais e o consequente aumento da inflação, a 24.ª edição do estudo “Marcas de Confiança” revela pela primeira vez que a instituição mais confiável para os portugueses é Portugal, seguido da União Europeia e da ONU.
Em que outras personalidades confiam os portugueses
Ruy de Carvalho. Créditos: IMDb
Como habitualmente, os portugueses elegeram, de forma absolutamente espontânea, as figuras portuguesas que consideram “Personalidade de Confiança”, pelo contributo e desempenho prestado na respetiva área. Para além dos já mencionados Pedro Abrunhosa, Marcelo Rebelo de Sousa e Rui Nabeiro, o ator Ruy de Carvalho, que acaba de completar 97 anos e se prepara para festejar junto do seu público com espetáculos de norte a sul que celebram a sua vida e obra, é agraciado por mais um ano como “Personalidade de Confiança” na área “Ator”.
Nas áreas relacionadas com Medicina e Investigador/Cientista voltam a destacar-se o cirurgião Eduardo Barroso e a investigadora Elvira Fortunato, respetivamente. Outros repetentes que continuam a merecer a confiança máxima dos portugueses são Vasco Palmeirim na área “Apresentador de Programas”, José Rodrigues dos Santos vencendo duplamente nas áreas “Escritor” e “Jornalista” e Fátima Lopes na área “Estilista”.
Sessenta marcas vencedoras, uma nova categoria e três de regresso
O selo “Marcas de Confiança”
O estudo destacou as sessenta marcas nas quais os portugueses mais confiam, sendo os fatores que estes mais valorizam a qualidade (42%), a atenção ao cliente e a ética, por ordem de importância.
Esta edição introduz a nova categoria “Produtos de Panificação” em que a marca Bimbo é vencedora e reintroduz “Perfumes” onde vence a Perfumes & Companhia.
As categorias relacionadas com o setor do Turismo, e que haviam sido suspensas do estudo devido ao abrandamento da sua atividade em contexto pandémico, são agora reintroduzidas: na categoria “Cruzeiros” vence MSC Cruzeiros e na categoria “Região de Turismo” vence o Turismo do Algarve.
Já nas “Redes Móveis e Multimédia” surge a grande alteração com a Vodafone a vencer pela primeira vez o selo “Marcas de Confiança” e deixando para trás as suas duas principais concorrentes.
Nas nove categorias introduzidas na edição passada, sete marcas voltam a ganhar o selo: Celeiro, Corega, Nivea, Olá, Samsung, Seaside e Zara. As marcas nacionais ou multinacionais com produção em Portugal são uma vez mais massivamente votadas, é o caso de: Agência Abreu, Branca de Neve, Cigala, Compal, Delta, Fula, Luso, Molaflex, Nestlé, Nobre, Oliveira da Serra, Essilor, Olá, Sagres ou Vulcano.
Com esta distinção as marcas vencedoras passam a poder usar o selo “Marcas de Confiança” pelo período de um ano.