Era cozinheira, mas, ao ver o sucesso do filho como motorista que conduz com a Bolt, decidiu arriscar e deixar para trás a cozinha. O trajeto foi tal que hoje tem uma empresa em nome próprio. Um exemplo de sucesso e superação.
Pode explicar um pouco o seu percurso profissional? Como chegou até à Bolt?
Antes de começar a conduzir TVDE, era cozinheira. Sempre adorei a arte de preparar refeições, mas a pandemia trouxe desafios imensos para todos, inclusive para mim. Durante esse período, observei o meu filho, que já era motorista TVDE, e isso acendeu uma luz em mim: talvez fosse hora de mudar e arriscar algo completamente novo. Sempre gostei de conduzir e, ao ver o quanto ele apreciava a flexibilidade de horários e a interação com as pessoas, percebi que esta atividade também poderia ser perfeita para mim. Decidi juntar o útil ao agradável e tirei a formação de motorista TVDE. Assim que o primeiro confinamento foi levantado, comecei a conduzir com a Bolt, dia 15 de setembro de 2020, às 15h. Lembro-me perfeitamente desse momento, porque marcou o início de uma nova fase na minha vida, cheia de aprendizagens e de conquistas.
O que levou o seu filho a enveredar, também, pela Bolt, em termos profissionais?
O meu filho começou a trabalhar como motorista pela flexibilidade e pelas oportunidades financeiras. Ele foi, aliás, uma das minhas principais inspirações para iniciar esta jornada. Ele viu no TVDE, e com a Bolt, a oportunidade de equilibrar trabalho e vida pessoal, algo que, até então, parecia um sonho distante. Inspirou-me a acreditar que, com determinação, podemos encontrar o nosso lugar mesmo em terrenos desconhecidos. O sucesso e a satisfação dele foram uma motivação para eu seguir os seus passos.
Que desafios diários enfrenta?
Os desafios no dia a dia estão relacionados com o trânsito intenso ou com as diferentes personalidades dos passageiros, mas não considero isso um problema, faz parte do trabalho e encaro tudo com um sorriso. Os desafios são oportunidades para crescer e aprender. Tenho orgulho de ser atenta ao que os meus passageiros precisam, seja uma boa conversa ou um simples silêncio. Respeitar as pessoas e adaptar-me ao que cada situação exige tornou-se uma habilidade que cultivo com carinho.
Acha que enfrenta mais desafios por ser mulher?
É verdade que esta profissão ainda é vista, por muitos, como um “território masculino”. Mas, sinceramente, vejo nisso uma oportunidade para desmistificar preconceitos. Cada vez que uma mulher como eu entra nesta profissão e faz um bom trabalho, estamos a abrir portas para outras mulheres. Quero mostrar que somos igualmente competentes e que podemos prosperar em qualquer área, desde que haja vontade e coragem. Embora este trabalho ainda seja…
