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Beatriz Pessoa, uma viagem do Jazz ao Pop

Estivemos à conversa com Beatriz Pessoa, uma das vozes promessa do panorama do Pop-Jazz em Portugal. Entre questões sobre a igualdade de género e duetos de sonho, tivemos a oportunidade de conhecê-la para além do universo da música.

Beatriz Pessoa atua no festival Super Bock em Stock, no dia 23 de Novembro, na sala Ermelinda Freitas, pelas 19h, em Lisboa. Os bilhetes para os dois dias do Festival Super Bock em Stock custam €45 e estão à venda nos locais habituais.

Lux Woman (LW): Quando é que tudo começou? A culpa é de Paris, da sua mística?

Beatriz Pessoa (BP): A composição começou em Paris, sim, mas a música veio muito antes e veio de Lisboa! Paris deu-me uma liberdade que eu nunca tinha tido, deu-me coragem para experimentar – e o não conhecer ninguém, às vezes, faz-nos conhecermo-nos melhor. Eu descobri que para além de cantora, queria ser compositora. 

LW: Cantas em Português e em Inglês e quase parecem pessoas diferentes, mas afinal quem é a Beatriz Pessoa? E porquê bilingue?

BP: Comecei por escrever em Inglês porque, na altura, era o que me saía naturalmente – talvez por ouvir maioritariamente música em Inglês. Fui desafiada para escrever em português e percebi que a minha voz era mais minha, as histórias mais pessoais e que o público reagia melhor a esta minha nova sonoridade. O bilingue, ou trilingue, ou o que vier, será sempre bem-vindo. Gosto de ouvir coisas diferentes e estou sempre numa busca incessante por novidade! 

LW: Até agora, qual foi o teu maior desafio?

BP: Talvez tenha sido o desafio de compor para outras vozes, para outras sonoridades com as quais não estava, ainda, tão à vontade. 

LW: Com quem é que queres muito fazer um dueto?

BP: Ui, tanta gente. Quero cantar com meio mundo e para o mundo inteiro. Mas posso adiantar uns “duetos” prediletos: Chico Buarque, Caetano Veloso, Bjork, Lianne la Havas, Tim Bernardes, Beyonce, Silvia Perez Cruz… e mais uns tantos e tantos. Depois ainda existe todo um leque de músicos, com os quais já não vou a tempo de fazer um dueto: Frank Sinatra, Ella Fitzgerald, Elis Regina, etc…

LW: Tens uma música que se chama “feminina”, a igualdade de género é um tema que te preocupa e inspira?

BP: Sim. Acho um tema muito importante da nossa atualidade e gosto de sentir que, de alguma forma, o meu trabalho ajuda para o avanço, no sentido de uma igualdade ou de, pelo menos, uma maior perceção da mensagem. 

LW: O que achas que ainda é preciso melhorar no panorama da música em Portugal?

BP: Há sempre espaço para melhorar, seja em que panorama for. Acho que a cultura, em geral, precisa de mais apoio do estado e do público. Na música, falta espaço para se ser músico, fora dos meios mais comercias e fora das ideias de publicidade e marketing. 

LW: Com 2018 quase a terminar, um ano em lançaste o teu segundo EP e fizeste vários concertos, o que almejas alcançar em 2019?

BP: 2018 foi um ano de aprendizagens e vitórias pelas quais estou muito orgulhosa e grata. Mas sempre com um olho no futuro, espero que em 2019 venha o primeiro disco, mais concertos e mais desafios! 

LW: O que tens reservado para o Super Bock em Stock?

BP: Será um concerto com surpresas, alguma música nova e arranjos um bocadinho diferentes do que é normal. Depois desta minha tour a solo, tenho saudades de tocar com a minha banda e por isso, será, com certeza, uma festa. 

LW: O que é que podemos esperar da Beatriz Pessoa daqui para a frente?

BP: Esta pergunta é sempre difícil. Acho que podem esperar entusiasmo e uma paixão por cantar e compor que não se esgota. Mais canções, sempre mais canções. 

RAIO X

O que andas a ouvir: Rosalía, Chopin, Tim Bernardes e Nina Simone.

Do que é que mais te orgulhas: De fazer o que gosto. De ser feliz. 

Quem é que te inspira: Muita gente de muitos lugares e áreas. Mas volto sempre a casa… por isso a minha mãe, a Madalena, a Laura, a Rita, O João, o Vicente e os meus irmãos. 

Cenário ideal para compor: Um jardim bonito, com flores e vida a acontecer. 

Gostavas que a tua música… mudasse a vida de alguém, que fizesse companhia. Nem que seja numa viagem de autocarro. 

Concerto favorito: Adorei o concerto do Charles Bradley, no Vodafone Paredes de Coura. Mas são tantos…

Banda favorita: hmm…Só uma?! 

Não consegues viver sem: Sol

Peça de roupa favorita: Vestido com flores

Prato favorito: Massa com kilos de parmesão. 

Cidade favorita: Lisboa 

Por Liliana Marques

Fotografias de Joana Linda

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