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Berg: o novo álbum

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A vida de artista não é fácil…

As pessoas pensam que a vida do artista é uma brincadeira, mas não é assim: temos de um lado a realidade da vida e do outro a utopia de ser artista em Portugal, que não é fácil. O momento, agora, foi o certo. Estava com os da primeira divisão. Durante os 13 ou 14 anos que trabalhei com o Rui Veloso, tinha condições excelentes. É bom poder viver bem da nossa arte, ser pago, estar sempre a tocar, ter bons instrumentos. Em Portugal, ainda há muito preconceito e extrema ostentação, mas, com esta nova geração, acho que isso está a desaparecer. Estamos a ficar cidadãos do mundo, com uma mente mais aberta.

Como é que decidiu participar no ‘Factor X’?

Comecei a pensar para mim mesmo: “Consigo fazer isto tão espontaneamente, vou tentar.” Estava hospedado no hotel no Porto onde estavam a fazer as audições e falei com alguém que me disse para ir. Achava que não era para mim, que não ia resultar, ainda por cima a tocar com uma pessoa que não gosta muito de programas mas que respeita, o que é de louvar no Rui, mas fui pensar. Foi o tempo de sair do bar do hotel e entrar no elevador. Desci e perguntei ao Betão: “A quem é que posso ligar?” Ele disse que o dia seguinte seria a última oportunidade para audições, em Lisboa. Fui como toda a gente, para a fila. Fui um dos últimos a entrar, assustadíssimo. Eles ouviram cerca de 13 mil pessoas, já não deviam estar com paciência para ouvir mais! Fiz o pré-casting, passei… e foi até à final! Foi a melhor coisa da minha vida, mesmo!

O ‘Factor X’ deu-lhe o impulso para a carreira que está a ter agora.

Completamente. É como não existirmos e, de repente, termos uma agenda cheia. É muito bom! Foi a melhor coisa que podia ter feito.

Qual é a melhor recordação que guarda da participação no concurso?

A primeira audição. Fui o primeiro candidato a ter um encore numa edição. Estava cheio de medo, parecia a primeira vez que ia tocar. Temos sempre stress antes de ir para o palco, mas lidamos com isso muito tranquilamente. Já não é medo, é pica!

E a pior?

É ter de tirar alguém de uma cadeira. Naquela altura, foi o Rúben, um miúdo que era da minha onda, do reggae. Sentimo-nos muito mal, sentimos que estamos a destruir o sonho de alguém. Aquilo é muito intenso, e há quem não tenha noção! Antes de criticar ou elogiar, as pessoas deviam experimentar.

Como concilia a vida pessoal com a vida profissional?

Concilia-se bem. Depois do programa, os primeiros dois meses foram estranhos para os meus pequenos, principalmente para o mais novo. A minha filha tem 13 anos, está na fase da hormona assassina, como eu lhe chamo! Eles gostam, já se habituaram às fotografias e aos autógrafos. Conciliar viagens é que é mais difícil e duro. É uma questão de hábito.

O que costuma ouvir?

Começo com o Sting! Gosto muito de Norah Jones, David Bowe, Pink Floyd, Supertramp, Bob Dylan, Bob Marley, Mary J Blidge, Rihanna, Beyoncé… Adoro a Pink! Tenho tantos ídolos!

Planos para o futuro?

Ser feliz, continuar a viver da música como até agora. Tive tantas provas de que a vida são dois dias que tento viver a 200! Tento sempre tirar partir das pequenas coisas. Faço surf, gosto da minha surfada matinal, do snowboard, e tenho uma paixão enorme por cavalos. Por mais que isso possa parecer egoísta, que não é, acho que se deve viver a vida!

Berg apresenta hoje, dia 17, o novo álbum ao vivo na FNAC do Colombo, pelas 19h30, com sessão de autógrafos.

Imagem de destaque: Berg.

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