A parentalidade é uma jornada repleta de amor, desafios, responsabilidades e muitas dúvidas. No entanto, a pressão constante para corresponder às expectativas pode levar a um estado de exaustão extremo: o burnout parental. Este fenómeno tem vindo a ganhar atenção crescente, especialmente, numa sociedade onde as exigências da parentalidade são elevadas e o apoio nem sempre é suficiente.
O QUE É O BURNOUT PARENTAL?
O burnout parental é um estado de exaustão física, emocional e psicológica, resultante do stress crónico associado ao cuidado dos filhos. Caracteriza-se por um desgaste profundo, por um distanciamento emocional e por uma sensação de ineficácia parental. Ao contrário do burnout profissional, que ocorre no contexto laboral, o burnout parental manifesta-se na esfera familiar, afetando o vínculo entre pais e filhos e comprometendo a qualidade de vida de toda a família. Este fenómeno está, muitas vezes, associado a pais que sentem que têm de ser perfeitos, que se cobram excessivamente e que enfrentam pressões sociais para desempenhar um papel idealizado de parentalidade. A pandemia de COVID-19 exacerbou ainda mais este problema, uma vez que muitos pais se viram obrigados a acumular funções de trabalho remoto, ensino dos filhos e gestão doméstica, sem apoio externo.
SINAIS DE ALERTA: COMO IDENTIFICAR
Os sinais do burnout parental podem ser confundidos com o cansaço comum da parentalidade, mas a diferença está na intensidade e na duração dos sintomas.
Alguns dos principais sinais incluem:
