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Educar contra a pobreza: será possível?

“A educação permite, em primeiro lugar, que cada pessoa, através da aprendizagem crítica e informada, e em qualquer geografia, possa libertar o seu potencial.” As palavras são de Mónica Santos Silva, gestora de projetos do Instituto Marquês de Valle Flôr (IMVF), e surgem na sequência do tema lançado na inauguração da exposição campanha ‘tODxS’ no ISEC Lisboa, recentemente, em Lisboa, e que incide sobre o tema: o papel da educação na erradicação da pobreza. Afinal, que papel é esse?

Dia 20 de fevereiro assinalou-se o Dia Mundial da Justiça Social. No dia 19 (um dia antes), o ISEC Lisboa foi palco para o debate sobre o Papel da Educação na Erradicação da Pobreza, integrado na inauguração da exposição ‘tODxS’. A mostra explorou áreas como pobreza e desigualdades, direitos humanos, igualdade de género, ambiente e ação climática, entre outros temas fundamentais para a construção de um mundo mais justo e sustentável. A iniciativa foi coorganizada pelo ISEC Lisboa e pela Escola Profissional Gustave Eiffel do Lumiar. Inserida na campanha tODxS pela Educação para o Desenvolvimento e a Cidadania Global, a exposição foi implementada pelo IMVF e pela FEC, e cofinanciada pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua. Mónica Santos, gestora de projetos do Instituto Marquês de Valle Flôr (IMVF) – uma das entidades responsáveis pela iniciativa – em entrevista.

Que papel tem a educação na erradicação da pobreza?

A educação permite, em primeiro lugar, que cada pessoa, através da aprendizagem crítica e informada, e em qualquer geografia, possa libertar o seu potencial. E sabemos que, através da educação, é possível criar um círculo virtuoso de conhecimento, aprendizagem e transformação e, desta forma, quebrar o ciclo de pobreza. Infelizmente, também sabemos que são os mais vulneráveis, os que continuam a ter mais dificuldade de acesso a um sistema educativo justo e equitativo. Reconhecendo que os principais desafios que, hoje, enfrentamos se ligam entre si, então, sabemos que não podemos erradicar a pobreza (e, sim, falamos em erradicar a pobreza, porque, em pleno séc. XXI, falar em apenas em reduzir é não ter a ambição de dar resposta política a este problema) sem falar de educação, e que não podemos falar de educação sem falar de igualdade de género, e não podemos falar de igualdade de género sem falar de direitos humanos. É, precisamente, esta ligação temática que encontra a sua expressão máxima na Agenda 2030 para o Desenvolvimento e que se materializa em 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que é a base da interpretação crítica da realidade, em prol da justiça social e do bem comum que promovemos, ativamente, na área da educação para o desenvolvimento e a cidadania global.

De que forma transmitir conhecimento faz erradicar a pobreza?

Educação é poder. E isto não é um cliché. O poder de conhecer, de adotar decisões informadas, de poder fazer escolhas… e este poder que cada cidadão deveria ter para garantir que, de facto, participa ativamente é, muitas vezes – demasiadas, aliás – limitado. A pobreza, a má nutrição, a saúde fragilizada, o género, a etnia, as migrações, a geografia são fatores que continuam a limitar o acesso à escola e a uma educação de qualidade. Se todos os adultos, em todas as geografias, completassem o ensino secundário, 420 milhões de pessoas poderiam sair da pobreza, reduzindo o número total de pobres em mais de metade, a nível mundial. Um total de 1,1 mil milhões de pessoas vivem na pobreza, das quais, atualmente, quase metade (455 milhões) estão em países em guerra ou em paz frágil. Estes dados, de um estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e da Universidade de Oxford, também revelam que mais de metade dos pobres, 584 milhões, são crianças. Falamos de 579 milhões de pessoas sem acesso a eletricidade e 482 milhões vivem em famílias onde uma ou mais crianças tiveram de abandonar a escola. A educação é um direito humano, negar este direito é negar a possibilidade de garantir uma vida mais justa e mais digna. A educação tem o poder de reduzir a pobreza, de contribuir, ativamente, para o desenvolvimento. A educação é transformadora das sociedades e …

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