O regresso às aulas oferece o cenário perfeito para integrar a educação financeira no quotidiano das crianças. Ao aproveitar este momento para ensinar conceitos como planeamento, escolhas conscientes e poupança, está a capacitá-las a tomar decisões financeiras informadas e cultivar uma mentalidade responsável em relação ao dinheiro. Cristina Judas, Especialista em Educação Financeira Infantil, afirma que “começar cedo é essencial para construir uma base sólida que as acompanhará ao longo da vida, garantindo um futuro mais seguro e bem-sucedida”.
Para ajudar todos os pais a transformarem o regresso às aulas em práticas lições de educação financeira, a especialista deixa-lhe algumas dicas.
Cristina Judas
Orçamento Escolar
O início do ano escolar é um momento perfeito para ensinar às crianças a importância do planeamento financeiro. Ao envolvê-las no processo de elaboração de um orçamento para as despesas escolares, como material, roupa e atividades extracurriculares, estamos a dar-lhes uma visão prática de como gerir o dinheiro de forma responsável. Isso não só ajuda a evitar gastos excessivos, mas também cultiva a consciência sobre a relação entre desejos e recursos financeiros disponíveis.
Poupança de Longo Prazo
Ao abordar o regresso às aulas, fale também sobre a poupança de longo prazo. Explique que, ao poupar em certas áreas, como material ou roupas, é possível reservar dinheiro para objetivos futuros maiores. Isso pode incluir poupar para atividades extracurriculares, passeios em família ou até mesmo uma viagem especial. Mostre como pequenas poupanças agora podem resultar em recompensas maiores mais tarde, como já vimos no ponto das escolhas conscientes.
Mesada com Propósito
Este é, também, um momento ideal para começar a mesada educativa, se ainda não o fez. Ao atribuir uma mesada semanal (semanada) às crianças, podemos ensinar-lhes a gerir o dinheiro de forma prática. Ao dividir a mesada em categorias, como poupança, gastos pessoais e doações, estamos a cultivar a compreensão de que o dinheiro tem diferentes usos e que a gestão adequada é essencial. Esta prática não só promove a responsabilidade, mas também estabelece as bases para hábitos financeiros saudáveis.
Atividades Educativas Divertidas
Por último, mas não menos importante, transformar a educação financeira em atividades divertidas é fundamental. Podemos criar jogos de simulação onde as crianças tomam decisões financeiras virtuais, ou mesmo envolvê-las em atividades práticas, como vender itens que já não utilizam para ganhar algum dinheiro extra. O importante é fazer com que a educação financeira seja envolvente e relevante para o dia a dia delas.
