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David Fonseca, o futurista!

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E como é que essas pessoas reagem?

Na boa, acham engraçado e participam. É o lado bom da minha profissão, obviamente que nem todas as pessoas me reconhecem, mas se me reconhecerem é positivo.

É uma mais-valia?

Abrem mais o jogo, não ficam tão reticentes e as coisas são muito mais naturais. É muito simples, para mim, conhecer pessoas. Entro num sítio, meto conversa e a partir daí as coisas fluem naturalmente.

Achei que era uma pessoa mais reservada…

Ah, não, pelo contrário.

Tem dois filhos, eles têm noção da sua popularidade?

Têm, mas não ligam muito porque eu também não. Para mim, aparecer na televisão é uma coisa natural. Por exemplo, a Rita Redshoes fez parte da minha banda durante muitos anos, esteve muitas vezes em minha casa, quando tocava comigo, porque ensaiávamos lá, e todos [da banda] estavam lá e jantavam comigo e com a minha família, etc.

Depois a Rita lançou-se a solo e começou a aparecer na televisão. E um dia estávamos a almoçar, e ela apareceu num telejornal. E o facto de ela aparecer na televisão foi a coisa mais banal para eles. Eu é que fiz uma festa e disse: ‘Olha a Rita, está na televisão!’ e pus [o volume] mais alto, e eles não ligaram nenhuma. Eles olharam ‘Ah, pois está’, e continuaram como se nada fosse.

Noutro dia, já com este disco, estava no carro com a minha filha e começou a passar a minha música na rádio. E eu quis gabar-me do facto de estar a passar na rádio. Foi verdade, foi o que eu quis fazer [risos]. Só estava ela no carro e eu estava a explicar-lhe que a rádio era uma coisa que toda a gente podia ouvir. E que nesse momento nós estávamos a ouvir uma música, e que o carro ao lado podia estar também e o outro, o outro e mais o outro…

E ela esteve naquele silêncio, a ouvir com atenção. E assim que a música acabou, começou outra, e ela disse-me uma coisa absolutamente extraordinária: que era provável que o cantor desta canção estivesse naquele carro, ou naquele carro, ou naquele carro… E eu pensei: ‘Claro, isto tem sentido! Não é?’ E eu: ‘É verdade, é verdade. Pode estar.’ [risos]

Para ela é normal?

Completamente, eu estava a tentar gabar-me do facto de estar a passar na rádio, e ela no fundo pôs aquilo num sítio onde era perfeitamente normal isso acontecer. Não havia nenhum mistério eu estar a passar na rádio, tal como não havia nenhum mistério o outro cantor que podia estar no outro carro a cantar aquela canção.

Portanto, eles não vivem isso intensamente, mas também tem a ver com a forma como encaro esta coisa da fama. Não vejo qual é que é o fascínio de a pessoa ser conhecida. A não ser pelo facto positivo de me aproximar das outras pessoas. Porque tudo o resto é uma grande chatice, sinceramente.

Legenda das imagens: © Universal Music.

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