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Dia Internacional da Família: O que significa na verdade ser família?

Por ocasião do Dia da Família, uma reflexão sobre o que nos une — para lá das formas, dos papéis e das estruturas

Em Maio celebra-se o Dia da Família. Uma data que, muitas vezes, associamos a actividades escolares ou a momentos de convívio, mas que merece um olhar mais profundo sobretudo nos dias de hoje, em que o conceito de família se tornou mais amplo, mais inclusivo e, acima de tudo, mais real.

Durante décadas, o modelo de família tradicional foi visto como o padrão: pai, mãe e filhos, de preferência sob o mesmo tecto e com papéis bem definidos. No entanto, a vida, com toda a sua complexidade e evolução, mostrou-nos que a família não cabe numa única definição. Pode ser composta por um só progenitor, por dois do mesmo sexo, famílias reconstruidas, por avós que criam netos, por irmãos que se apoiam mutuamente ou por amigos que se tornam o nosso verdadeiro lar.

O que faz, então, uma família ser família?

Mais do que uma estrutura, a família é um sentimento. É feita de laços afectivos, de presença, de cuidado, e de um compromisso invisível mas profundo.

Valores que permanecem

Independentemente da forma que assume, há valores que continuam a ser o coração da vida familiar. O amor incondicional, o respeito mútuo, a escuta activa, o apoio constante, a capacidade de perdoar e de crescer em conjunto. Estes são os verdadeiros alicerces de qualquer família, e são esses os valores que devemos transmitir às nossas crianças mais do que normas ou expectativas sociais.

Porque uma criança precisa, antes de mais, de sentir que pertence. Que é amada, vista, acolhida. Que tem um lugar seguro onde pode ser exatamente quem é.

Quando a família muda de forma: um olhar para os divórcios com filhos

Para muitas famílias, o Dia da Família pode ser vivido com emoções mistas, especialmente quando se está a passar por um divórcio ou uma separação recente. Nestes momentos de transição, é natural que existam dúvidas, dores, medos e até sentimentos de culpa. Mas é essencial lembrar: mesmo quando os adultos deixam de ser casal, continuam a ser família para os filhos.

O divórcio não precisa de significar desunião pode, sim, ser uma reorganização. Uma nova forma de estar em família, com novos acordos, novas rotinas e, sobretudo, um compromisso renovado de proteger o bem-estar das crianças.

Os filhos continuam a precisar do mesmo: amor, estabilidade, coerência e verdade. Precisam de sentir que, apesar da separação, ambos os progenitores continuam presentes, disponíveis e unidos no que mais importa: o seu crescimento e segurança emocional.

É importante evitar que a criança sinta que tem de “escolher lados”. Mostrar, com palavras e atitudes, que continua a ser profundamente amada por ambos, e que não é responsável pela separação. Mais do que discursos, os filhos percebem as emoções e os gestos, por isso, manter o respeito e a cooperação entre os adultos é um presente precioso que lhes podemos dar.

Celebremos todas as famílias

No Dia da Família ,e em todos os outros dias, devemos celebrar não um único modelo, mas a diversidade. Devemos ensinar que existem muitas formas de amar e cuidar, e que todas são válidas. Devemos normalizar o diferente, porque o amor não tem formato fixo.

Afinal, ser família é escolher estar. É amar mesmo quando é difícil. É construir, todos os dias, um lugar onde é seguro cair, mas também onde se aprende a voar.

Dicas para celebrar o Dia da Família (seja ela como for)

  1. Criem um ritual especial em conjunto. Pode ser cozinhar uma receita de família, ver um filme preferido ou montar um álbum de fotografias com memórias felizes. O mais importante é partilhar tempo e reforçar a ligação entre todos.
  2. Conversem sobre o que significa ser família para vocês. Cada membro pode partilhar o que mais valoriza na sua família. Esta conversa fortalece os laços e ajuda as crianças a compreender a importância das relações.
  3. Escrevam uma carta ou mensagem uns aos outros. As palavras têm um enorme poder. Aproveitem o momento para expressar amor, agradecer e reconhecer pequenos gestos de cuidado.
  4. Leiam histórias que representam diferentes tipos de família. Existem cada vez mais livros infantis e juvenis que ilustram a diversidade familiar. São excelentes ferramentas para promover empatia, respeito e inclusão. Sugiro-vos o meu mais recente livro infantil: “A família é um sentimento”.
  5. Criem um “quadro dos afectos”. Um cartaz com desenhos, palavras ou colagens que representam aquilo que mais gostam uns nos outros e o que vos faz sentir em casa.

Em resumo

O que devemos transmitir às crianças, e relembrar a nós próprios, é que família é um sentimento, onde o amor acontece com constância. Não importa a forma. O que importa é o afeto que sustenta, a presença que conforta, a verdade que liga. Celebremos isso, hoje e sempre.


Ana Pinto

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Permite-te curar, processar e evoluir

Mentora e criadora da plataforma ‘Naturalmente Mulher’, que visa apostar no desenvolvimento pessoal feminino, especialmente nas áreas da maternidade, desenvolvimento pessoal e divórcio consciente. Dedica-se à criação de conteúdos e mentorias para ajudar outras mulheres a alcançarem uma vida de clareza, propósito e equilíbrio. Tudo é criado de forma individual e de acordo com as necessidades de cada mulher.

-Contactos-

Instagram: naturalmente_mulher

Website: www.naturalmentemulher.pt

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